Especialistas vão testar aspirina como potencial tratamento contra a covid-19

Pessoas infectadas pelo novo coronavírus têm risco maior de ter coágulos sanguíneos, e o analgésico tem efeito antiplaquetário
Thalis Araújo
Publicado em 06/11/2020 às 19:05
Análise vai verificar a capacidade de o remédio reduzir coágulos do sangue nos pacientes Foto: REPRODUÇÃO


Pelo menos 2 mil pacientes vão receber 150mg do analgésico aspirina, por dia, no Reino Unido. O medicamento vai ser testado para tratar a covid-19, doença que é provocada pelo novo coronavírus. O objetivo da análise é verificar a capacidade de o remédio reduzir coágulos do sangue nos pacientes.

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De acordo com o site Veja, o estudo, denominado de Recovery, pertence a um grande trabalho que avalia diversos outros medicamentos para a doença que já matou mais de 160 mil pessoas, somente no Brasil. Azitromicina e o coquetel de anticorpos da Regeneron estão na lista de testes.

"Há uma razão clara para acreditar que o remédio pode ser benéfico e é seguro", declarou Peter Horby, que pertence ao Recovery. O paciente infectado pelo novo coronavírus corre risco maior de ter coágulos sanguíneos e a aspirina tem efeito antiplaquetário.

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Ao contrário do remdesivir da Gilead, que foi aprovado como tratamento contra o novo coronavírus, nos Estados Unidos, mas apresentou resultados fracos, em um grande ensaio da Organização Mundial da Saúde (OMS), a aspirina é um medicamento genérico, o que o torna mais barato.

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O Recovery foi o primeiro estudo a mostrar que a dexametasona pode salvar vidas de pessoas com forma grave da doença. Ele também apontou que o remédio antimalárico hidroxicloroquina, promovido por Trump, nos EUA, e por Bolsonaro, no Brasil, não foi benéfico no tratamento contra a doença que assola o mundo em ritmo pandêmico.

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