Vacina da Pfizer é aprovada no Reino Unido e aplicação já tem início na próxima semana

O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock
JC
Publicado em 02/12/2020 às 6:43
Além da vacina da Pfizer, o Brasil está aplicando a Coronavac e a vacina de Oxford/Astrazeneca Foto: JUSTIN TALLIS / AFP


A vacina contra a covid-19 produzida pelas farmacêuticas Pfizer e Biontech foi aprovada pelo Reino Unido nesta quarta-feira (2) e a imunização da população já deve começar na próxima semana. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock.

“No início da próxima semana, começaremos um programa de vacinação de pessoas contra Covid-19 aqui neste país”, disse ele à rede Sky News.

No Twitter, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, comemorou a notícia. “É a proteção das vacinas que vai finalmente nos trazer de volta às nossas vidas e fazer a economia andar novamente”, escreveu.

A notícia, no entanto, não muda muito a situação pelo Brasil. De acordo com o plano de imunização elaborado pelo Ministério da Saúde, imunizantes que exijam temperaturas muito baixas de armazenamento não estão previstos, e a vacina da Pfizer precisa ser mantida e transportada em temperatura de -70ºC.

O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, informou que o imunizante ideal para o governo brasileiro deve ficar armazenado em temperaturas entre 2ºC a 8ºC, o padrão utilizado no sistema de vacinação brasileiro.

Eficácia

A vacina experimental contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech registrou 95% de eficácia nos resultados finais dos estudos e se mostrou segura. Este anúncio foi feito no início do mês de novembro. Os dados ainda não foram publicados em revista científica.

De 170 voluntários adultos que desenvolveram covid-19 com pelo menos um sintoma, 162 receberam um placebo, enquanto oito receberam a vacina, disseram a Pfizer e a BioNTech. Ao todo, fizeram parte estudo quase 44 mil indivíduos.

Segundo as farmacêuticas, os pesquisadores não encontraram nenhum problema sério de segurança na vacina, que pareceu ser bem tolerada após uma revisão dos dados de 8 mil participantes. Um efeito colateral grave foi a fadiga, relatada por 3,8% dos indivíduos, de acordo com as empresas. Além disso, 2% dos indivíduos relataram dores de cabeça.

"Os resultados do estudo marcam um passo importante nesta jornada histórica de oito meses para apresentar uma vacina capaz de ajudar a acabar com esta pandemia devastadora", disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla. "Continuamos avançando na velocidade da ciência para compilar todos os dados coletados até agora e compartilhar com os reguladores em todo o mundo", acrescentou.

A taxa de eficácia da vacina caracteriza a proporção de diminuição de casos da covid-19 entre o grupo vacinado e o não vacinado. Ou seja, com 95% de eficácia, uma pessoa vacinada pela Pfizer tem 95% menos chance de contrair o novo coronavírus se comparada a uma pessoa não vacinada. 

 

De acordo com a farmacêutica, a expectativa é de produzir em larga escala até 50 milhões de doses da vacina ainda 2020, e 1,3 bilhão de doses até o final do próximo ano. Destas, o governo estadunidense já adquiriu 100 milhões.

 


A vacina experimental contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech registrou 95% de eficácia nos resultados finais dos estudos e se mostrou segura. Na semana passada, as empresas haviam anunciado que a taxa de eficácia do potencial imunizante para o coronavírus havia sido de 90% nos resultados preliminares dos testes da fase 3.

A Pfizer também informou que planeja solicitar à Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) uma autorização de uso emergencial da vacina nos próximos dias, o que abriria caminho para que a distribuição começasse até o final de 2020, caso a agência reguladora aprove o pedido.

De 170 voluntários adultos que desenvolveram covid-19 com pelo menos um sintoma, 162 receberam um placebo, enquanto oito receberam a vacina, disseram a Pfizer e a BioNTech. Ao todo, fizeram parte estudo quase 44 mil indivíduos.

Segundo as farmacêuticas, os pesquisadores não encontraram nenhum problema sério de segurança na vacina, que pareceu ser bem tolerada após uma revisão dos dados de 8 mil participantes. Um efeito colateral grave foi a fadiga, relatada por 3,8% dos indivíduos, de acordo com as empresas. Além disso, 2% dos indivíduos relataram dores de cabeça.

"Os resultados do estudo marcam um passo importante nesta jornada histórica de oito meses para apresentar uma vacina capaz de ajudar a acabar com esta pandemia devastadora", disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla. "Continuamos avançando na velocidade da ciência para compilar todos os dados coletados até agora e compartilhar com os reguladores em todo o mundo", acrescentou.

De acordo com um porta-voz, a Pfizer está esperando para analisar completamente os dados e compilar a documentação necessária antes de pedir a autorização à FDA.

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