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Trump pede reconciliação e promete uma transição suave nos Estados Unidos

Declaração se deu após seus apoiadores invadirem o Congresso

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AFP

Publicado em 07/01/2021 às 23:46 | Atualizado em 07/01/2021 às 23:49
Trump diz que será 'preso' na terça e convoca protestos - MANDEL NGAN/AFP

O presidente em fim de mandato dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu "reconciliação" nesta quinta-feira (7), após cenas chocantes de violência de seus apoiadores no Congresso, prometendo uma transição "suave" de poder com o presidente eleito Joe Biden.

>> Biden condena Trump enquanto ganham força pedidos de impeachment

Em um vídeo em sua conta desbloqueada no Twitter, Trump também se disse "chocado com a violência" do dia anterior na sede do Congresso americano, que resultou na morte de uma mulher.

"Um novo governo será inaugurado em 20 de janeiro. Meu foco agora será garantir uma transição suave, ordenada e tranquila. Este momento exige cura e reconciliação", afirmou.

Trump divulgou o vídeo depois que pedidos de impeachment se multiplicaram no país, um dia depois que seus seguidores, inflamados pelo magnata republicano, invadiram o Capitólio e forçaram os congressistas a se proteger.

Incentivada por um discurso furioso de Trump, uma multidão rompeu as barricadas e entrou no Congresso, onde saquearam escritórios e entraram no normalmente solene Senado.

As forças de segurança tiveram que disparar gás lacrimogêneo durante uma operação de quatro horas para desocupar o prédio.

A polícia relatou que uma mulher, aparentemente uma apoiadora de Trump da Califórnia, foi baleada e morta. Outras três pessoas morreram nas proximidades em circunstâncias pouco claras.

A resposta de Trump à violência, usando as redes sociais para reiterar suas acusações nunca comprovadas de fraude eleitoral, escandalizou e gerou suspensões das contas do presidente nas principais plataformas digitais.

Trump, porém, usou um tom mais conciliador no vídeo de 160 segundos publicado nesta quinta-feira, descrevendo os quatro anos de sua presidência como "a honra de sua vida".

O presidente em fim de mandato fez uma denúncia clara contra a violência de quarta-feira, pedindo que "os temperamentos se acalmem e a calma seja restaurada".

"E quem infringir a lei vai pagar", alertou.

 

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