O líder republicano no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, pediu que o início do julgamento de impeachment do ex-presidente Donald Trump seja adiado até o próximo mês, ganhando, assim, tempo para que a defesa seja montada.
McConnell indicou em um comunicado que enviou sua proposta de plano ao líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e irá "discuti-lo com ele". "O gabinete da presidência e o próprio ex-presidente Trump merecem um processo completo e justo que respeite seus direitos e as sérias questões factuais, legais e constitucionais em jogo", afirmou.
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Donald Trump é acusado de incitar protesto violento depois que seus apoiadores invadiram o Capitólio, sede do Congresso Americano, no último dia 6 de janeiro. Quatro manifestantes e um policial morreram no episódio.
Os democratas da Câmara dos Representantes votaram pela abertura de um processo de impeachment em 14 de janeiro. Foi a 2ª vez que o republicano teve o processo de afastamento autorizado na Casa. O julgamento seguiu para o Senado, mas essa votação não pôde ser realizada antes de 20 de janeiro, quando Trump deixou o cargo.
"Dada a velocidade sem precedentes do processo da Câmara, nosso cronograma proposto para as fases iniciais inclui uma quantidade modesta e razoável de tempo adicional para ambos os lados reunirem seus argumentos antes que o Senado comece a ouvi-los", concluiu McConnell.
No cronograma, McConnell pede que o caso comece no dia 28 de fevereiro.
Impeachment
Mesmo com a maioria, os democratas precisam do apoio de pelo menos 17 republicanos para condenar Trump. Na Câmara, dez membros do partido de Trump votaram ao lado dos democratas pela abertura do impeachment.
No Senado, alguns republicanos indicaram que podem votar pela condenação, mas não há consenso. Mesmo que o mandato tenha terminado, os senadores podem votar para impedir Trump de ocupar cargos públicos novamente.