Um grande júri foi formado para determinar se o expediente do procurador de Manhattan, Cyrus Vance, sobre Donald Trump e seu grupo empresarial justifica um julgamento, noticiou nesta terça-feira a imprensa americana.
Segundo o "Washington Post", que cita fontes ligadas à causa, os membros do júri foram selecionados recentemente e irão se reunir três vezes por semana durante seis meses para revisar os arquivos do caso. Consultado pela AFP, um porta-voz de Vance não quis comentar o assunto.
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Segundo o direito penal americano, os casos importantes costumam ser remetidos a um grande júri, composto por representantes da sociedade civil. O grande júri examina o expediente em sigilo e pode solicitar documentos adicionais ou ouvir testemunhas. Após a análise do caso, ele determina por maioria se há motivos para a acusação, preâmbulo de um julgamento.
A formação do grande júri no caso de Trump indica que Vance acredita ter provas suficientes para um julgamento. Ele investiga desde 2019 possíveis manipulações contábeis da Organização Trump, holding do ex-presidente que gerencia seus interesses.
Caso Vance possa avançar em uma acusação, a mesma poderia não ser precisamente contra Trump, mas poderia mirar na organização como pessoa jurídica ou em colaboradores de Trump na holding. Segundo a imprensa americana, a procuradoria de Manhattan focou recentemente no diretor financeiro da organização, Allen Weisselberg, leal ao ex-presidente.
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Além de Vance, a procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, também democrata, investiga as operações empresariais de Trump. Na semana passada, ela informou que seu escritório investigava a Organização Trump "em matéria penal" e trabalhava com a equipe de Vance.
O procurador, que deixa o cargo em dezembro, conseguiu oito anos de declarações de impostos de Trump em fevereiro, após uma batalha legal de anos que chegou à Suprema Corte. Trump nega ter agido mal e chamou as investigações de "uma continuação da maior caça às bruxas política da história americana".
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