Com Estadão Conteúdo e AFP
A Família Real marcou para 19 de setembro o funeral da rainha Elizabeth II, que morreu na última quinta-feira (8), aos 96 anos.
O rei Charles III decretou a data, uma segunda-feira, como feriado.
Em comunicado divulgado neste sábado (10), o Palácio de Buckingham informou que a cerimônia acontecerá na Abadia de Westminster, a partir das 7 horas (de Brasília) do dia 19.
Antes, o corpo da monarca será velado no Salão de Westminster por quatro dias, com visitação aberta ao público.
As autoridades estimam que mais de um milhão de pessoas passarão pelo caixão da falecida rainha no Salão de Westminster, o edifício mais antigo do complexo do Parlamento britânico.
Segundo a nota, o caixão da rainha atualmente está no Palácio de Balmoral, na Escócia, onde ela morreu.
No domingo (11), será transportado a Edinburgh e, em seguida, levado ao Palácio de Holyroodhouse.
Na tarde de segunda-feira (12), o corpo será levado à Catedral de de Santo Egídio, onde haverá uma cerimônia com integrantes da Família Real.
O caixão deve chegar a Londres apenas na quarta-feira (14).
Reino Unido reforça a segurança antes do primeiro funeral de Estado desde 1965
O Reino Unido se prepara para a "maior operação policial e de proteção" de sua história por ocasião do funeral da rainha Elizabeth II, seu primeiro funeral de Estado em quase seis décadas.
A polícia está tirando a poeira dos planos preparados anos atrás para garantir a segurança dos presentes, incluindo reis e líderes políticos mundiais, no funeral histórico da falecida monarca.
Milhões de pessoas são esperadas em Londres para o primeiro funeral de estado realizado desde 1965, quando faleceu Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial.
Os eventos exigirão grande implementação de medidas de segurança, especialmente na presença de centenas de dignitários mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Sinal da importância desse momento histórico, o imperador japonês Naruhito poderá fazer sua primeira viagem ao exterior desde sua chegada ao trono do Crisântemo em 2019, segundo a imprensa.
"Esta será provavelmente a maior operação policial e de proteção que o Reino Unido já montou", declarou Nick Aldworth, ex-coordenador nacional da polícia antiterrorista, ao jornal The Independent.
"É preciso apenas um carro, uma pessoa que faça algo abominável e não apenas interromperá um evento constitucional, mas haverá feridos e mortes", acrescentou.
- "Plano abrangente" -
Aldworth observou que os eventos ocorrerão em um "mundo de ameaças muito diferente" em comparação com os funerais reais anteriores, como o da rainha-mãe em 2002 e o da princesa Diana cinco anos antes.
O Reino Unido foi alvo de diversos ataques terroristas na última década, incluindo uma série de ataques de jihadistas em Londres, Manchester e outras cidades.
Os serviços de segurança do MI5 situam o atual nível de ameaça nacional em 'substancial', no centro de uma classificação de cinco níveis que variam do 'baixo' ao 'crítico'.
A Polícia Metropolitana de Londres disse na sexta-feira que já começou a traçar planos "bem ensaiados" para o período de luto nacional, que culminará no funeral da monarca mais longeva.
"Vamos manter as pessoas seguras com patrulhas altamente visíveis em Londres" em "lugares chave", como centros de transporte, parques e ao redor de residências reais, afirmou.
O vice-comissário da Polícia Metropolitana, Stuart Cundy, disse que "o plano policial abrangente" seria mais visível em Westminster, onde estão localizados o Parlamento, a Abadia e o Palácio de Buckingham.
A polícia britância já tem experiência na gestão de grandes eventos, como a conferência do clima COP26, realizada em 2021 em Glasglow, e os Jogo Olímpicos de Londres de 2012.