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MPPE recomenda busca ativa para garantir a vacinação de idosos no Recife

O objetivo é evitar que aqueles que não tenham acesso a computadores ou smartphones sejam preteridos no cronograma de imunização

Cadastrado por

JC

Publicado em 27/01/2021 às 18:05
Prefeitura dá início da vacinação contra Covid-19 em idosos acima de 85 anos na cidade do Recife. - FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM

Com o início da campanha de vacinação contra a covid-19 para idosos com mais de 85 anos nesta quarta-feira (27) no Recife, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que a Secretaria de Saúde da capital pernambucana adote medidas para localizar pessoas acamadas e com dificuldades de locomoção. Além disso, o órgão deve promover a inclusão digital dos idosos. O objetivo é evitar que aqueles que não tenham acesso a computadores ou smartphones sejam preteridos no cronograma de imunização.

De acordo com o MPPE, o município deve promover um trabalho de busca ativa em toda a cidade para identificar idosos que não podem se ausentar das suas casas. Com isso, as equipes de saúde devem incluir esses indivíduos no banco de dados do plano de vacinação da cidade de modo que garanta que os grupos etários fixados em cada fase de vacinação sejam respeitados à medida que novas doses do imunizante sejam recebidas.

A forma que a busca ativa será operacionalizada fica a critério da Secretaria de Saúde do Recife, que tem um prazo de dez dias para informar ao MPPE quais foram as iniciativas adotadas para dar cumprimento à recomendação.

Além disso, o MPPE também recomendou ao poder público divulgar a existência de outros meios de atendimento, como centros de atendimento, telefones fixos ou 0800, para agendar a vacinação contra o novo coronavírus no Recife.

"O Estatuto do Idoso estabelece como obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida e à saúde. No Recife, existem muitos idosos acamados, com dificuldade de locomoção e vivendo sem acompanhantes, sem acesso a dispositivos de informática ou smartphone, o que poderia ocasionar a exclusão inicial dessas pessoas do processo de vacinação", disse a 30ª promotora de Justiça de Defesa da Cidadania, Luciana Dantas.

 

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