CASO BEATRIZ

'Se foi feito o DNA e deu positivo, outros elementos precisam ser confirmados', dispara Lucinha Mota sobre a identificação do suspeito de matar Beatriz

Mãe da garota Beatriz espera por esclarecimentos da Polícia Civil sobre o suspeito de cometer o crime contra sua filha

Cadastrado por

Filipe Farias

Publicado em 11/01/2022 às 21:10 | Atualizado em 12/01/2022 às 8:40
Lucinha Mota cobrou, incansavelmente, respostas da Polícia Civil de Pernambuco para que o assassino de Beatriz fosse identificado e preso - Reprodução

Diante da notícia de que a Polícia Civil de Pernambuco identificou, nesta terça-feira (11), o suspeito de assassinar a garota Beatriz, morta brutalmente com 42 facadas em dezembro de 2015, em uma escola particular da cidade de Petrolina, Sertão do Estado, a mãe de Beatriz, Lucinha Mota, fez uma transmissão em uma rede social para falar sobre o assunto.

De antemão, Lucinha Mota afirmou que nenhum dos delegados envolvidos na Força Tarefa criada para investigar o caso a procurou, e que ela só ficou sabendo da informação através da imprensa. "Não ficamos sabendo de absolutamente de nada. Fomos pegos de surpresa. Estou tentando desde cedo falar com o delegado que é responsável pelo inquérito, mas ele não me atende. Liguei para o chefe de polícia e ele me adiantou que tinha identificado (o autor do crime) e que ele tinha confessado, eu passei mal na hora, perdi os sentidos, mas já estou bem", contou.

Ainda em declaração aos seus seguidores, a mãe de Beatriz diz orar todos os dias para que o assassino de sua filha seja verdadeiramente encontrado e que um ponto final seja colocado nessa história. "Amanhã (12) vamos saber se quem foi preso é o assassino de Beatriz. Oro todos os dias para que possam chegar até ele, pois recebo muitas e muitas denúncias... Foram mais de 15 vindas de todo o País. Vários policiais civis tentando ajudar. Mas essa (denúncia), especificamente, não sabemos de nada", falou Lucinha Mota.

"Peço a Deus que seja ele, que se confirme e tudo acabe. Que esse assassino seja tirado da sociedade, condenado e preso. Mas no inquérito de Beatriz não cabe um inocente, só cabem os culpados. Se foi feito o DNA e deu positivo, outros elementos precisam ser confirmados, principalmente a motivação do crime. Ninguém entra no colégio sem ser conduzido assim não. Comigo não cola", complementou Lucinha Mota, em tom de desabafo.

Entenda o caso

No dia 10 de de dezembro de 2015, a menina Beatriz Angélica Mota foi assassinada em uma escola particular da cidade de Petrolina, Sertão do Estado, quando estava participando de uma solenidade de formatura. A garota que tinha apenas sete anos foi morta brutalmente com 42 facadas.

No final do ano passado, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, demitiu o perito criminal Diego Leonel Costa, que prestou consultoria de segurança ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora após o assassinato da menina.

A investigação da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) apontou que o perito era sócio de uma empresa de segurança que foi contratada pela escola. De acordo com as investigações da Corregedoria, Diego participou da criação de um plano de segurança para o colégio, na condição de sócio cotista da Empresa Master Vision.

Leia a nota da SDS-PE

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, por meio do trabalho conjunto das forças estaduais de segurança pública, chegou, nesta terça-feira (11), ao autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em 2015, em Petrolina. Por determinação do governador Paulo Câmara, a Força Tarefa - criada em 2019 para investigar o caso foi mantida mobilizada até a elucidação deste crime. A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime. Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, confessou o assassinato e foi indiciado.

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