Mesmo após o anúncio, ainda que faseado, do governo de Pernambuco em relação à proibição de festas no período carnavalesco de 2022, o secretário de Saúde do Estado, André Longo, afirmou nesta quarta-feira (9), em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, que o Estado não se opõe à discussão sobre a realização do Carnaval ainda este ano. Embora alerte para a necessidade das pessoas manterem a prevenção, em função da chegada do período sazonal de doenças respiratórias no Estado (fim de fevereiro e começo de março), o secretário espera que Pernambuco entre agora numa sequência de desaceleração do registro de casos de covid-19.
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"A gente acha que a proximidade do Carnaval com a sazonalidade (de doenças respiratórias) traz uma dificuldade. Nós não nos opomos em discutir a possibilidade de outras datas, mas do ponto de vista sanitário a gente não pode se comprometer neste momento porque há muita incerteza. Certamente, os produtores, setor cultural e de turismo vão poder dialogar no sentido de planejar um outro momento, não nos opomos; mas é preciso fazer uma análise desse cenário epidemiológico. Alguns defendem que o cenário deve melhorar de março a abril, sempre coloco a dificuldade do período sazonal. Precisamos ter um pouco de cautela para ter uma definição maior", ponderou.
A partir desta quarta-feira (9) até o dia 24 de fevereiro, a realização de eventos comemorativas está restrita a no máximo 500 pessoas (em ambientes abertos). Entre os dias 25 e 1º de março, o governo, um dia após o anúncio da redução de público, vedou a realização de qualquer tipo de evento cultural, a exemplo de festas e shows.
"Nossa preocupação se estende um pouco mais porque temos a sazonalidade das doenças respiratórias no Estado. ao fim de fevereiro e começo de março. Temos a incerteza de como vão se comportar esses vírus, ômicron, a sua subvariante e a influenza", ressalta Longo.
O secretário voltou a reforçar a importância da vacinação, complementando todo o seu ciclo, que neste momento compreende a primeira, segunda e terceira dose (de reforço).
"A questão dos hospitais foi fortemente impactada pela questão das pessoas que não se vacinaram. Temos no Estado 85%, com primeira dose; 75%, segunda dose e, na terceira dose, apenas algo em torno de 30%. A gente precisa avançar na vacinação. Quatro de cada cinco pessoas hospitalizadas não tomaram as vacinas que deveriam n tomaram. Quatro em cada cinco que morreram em janeiro também não tomaram as vacinas que deveriam. Isso que estamos vivendo ainda é fruto da negligência de parte da sociedade que não colaborou para a saúde pública", queixou-se.