O estrago das chuvas não para de crescer em Pernambuco. Além dos 91 óbitos já confirmados de pessoas vítimas de deslizamentos e enchentes, o Estado já contabiliza cinco mil pessoas desabrigadas - que necessitam de abrigo público devido aos danos a suas casas. A grande maioria está na Região Metropolitana do Recife.
Os dados são referentes ao último balanço divulgado no fim da manhã desta segunda-feira (30/5) pela Central de Operações da Codecipe, a Defesa Civil do Estado de Pernambuco. E dizem respeito a um levantamento contabilizado a partir da sexta-feira (27/5), quando as chuvas ficaram muito intensas no Estado.
Além dos dados consolidados, pelo menos 26 pessoas também seguem desaparecidas, sendo buscadas em ao menos sete pontos de deslizamentos de barreiras no Grande Recife.
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MAIS DESLIZAMENTOS
E o perigo continua. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), apesar da redução no volume, as precipitações devem continuar, com intensidade moderada, até a próxima sexta-feira (03/6), na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata, diminuindo no fim de semana no litoral pernambucano.
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Por isso, o risco de novos deslizamentos segue e é grande. É tanto que a Defesa Civil do Estado reforçou, na manhã desta segunda (30) o alerta sobre o alto risco de deslizamentos, uma vez que o solo já está bastante encharcado.
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Os maiores acumulados nas últimas 24 horas foram registrados nos municípios de Olinda (60 mm), Paulista (57 mm), Itapissuma (53 mm) e Recife (52 mm). A situação dos rios, porém, permanece estável. O nível de acúmulo nos pontos monitorados, sobre os quais foram emitidos avisos de alerta ou inundação já desceram ou estabilizaram, não havendo mais necessidade de aviso hidrológico.
A Apac informou ainda que o Sistema de Contenção de Cheias do rio Capibaribe – composto pelas barragens de Jucazinho (Surubim), Carpina (Lagoa do Carro), Tapacurá (São Lourenço da Mata) e Goitá (Paudalho) – continua sendo monitorado pelas equipes técnicas.
A situação dos reservatórios, esta manhã, é a seguinte: Carpina (16,50 %); Goitá (70,90 %); Jucazinho (15,33 %) e Tapacurá (69,20 %). Até o momento, não há risco que motive a abertura de comportas nessas barragens, e caso haja necessidade, a Defesa Civil avisará a população com antecedência.
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