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Candidato a prefeito do Recife, Charbel Maroun (Novo) teceu críticas à gestão PSB na prefeitura do município no que tange às medidas adotadas durante a pandemia do coronavírus. Durante o debate entre candidatos promovido pela TV Jornal nesta terça-feira (10), o candidato afirmou que, em sua gestão, não haveria medidas de fechamento, conhecido como lockdown. Na quarta rodada da pesquisa divulgada pelo Ibope/JC/Rede Globo, nesta segunda-feira (9), o candidato aparece com 1% das intenções de voto na disputa majoritária.
Quando questionado pelo candidato Coronal Feitosa (PSC) sobre como agiria diante de uma pandemia, Charbel disse enfaticamente que não aplicaria o lockdown por não ser "efetivo" na pandemia.
"Nós vimos que o enfrentamento da pandemia foi todo errado pelo governo PSB. Implantaram o lockdown, deixaram todo mundo dentro de casa. Tem candidato aqui que ainda defende isso. Inclusive, o risco de um novo lockdown é grande a depender de quem ganhar essas eleições. Vão fechar tudo de novo. Isso é um perigo. Não é efetivo. Fecharam a população em casa, mataram empregos, mataram a economia. As pessoas não ficaram livres do covid-19. Eu já digo que, se eleito, não vou fazer lockdown", destacou.
Como medidas que aplicaria diante de uma pandemia, Charbel propõs o isolamento das pessoas comprovadamente contaminadas e das pessoas próximas. Além disso, frisou a necessidade de tratar as enfermidades ainda no início da contaminação.
"Nós sabemos desde sempre que qualquer enfermidade deve ser combatida no começo. Por incrível que pareça, começaram a mudar os procedimentos médicos e tratar as pessoas com covid-19 só depois que pioram, que precisam de intubação. Esta foi a causa do número elevado de mortes no Brasil. Nós temos que tratar essas pessoas no começo. Nós temos que isolar as pessoa contaminadas e as pessoas que convivem com quem pegou covid-19. Não é isolando toda a população porque não tem possibilidade. Não temos recursos e pessoas para isso. O foco tem que ser nas pessoas contaminadas e o tratamento desde o início", defendeu.
Quando se trata de Segurança Pública, Charbel voltou a defender o armamento da Guarda Municipal e criticou mais uma vez a gestão socialista. Segundo ele, a gestão PSB teria desarmado a guarda e, com isso, a situação de criminalidade na cidade teria crescido.
"A gente pode ver que o atual governo foi o que desarmou a Guarda Municipal. A Guarda era uma das mais antigas do Brasil e estava armada até 2012. Depois disso a nossa insegurança aumentou. O prefeito pode tomar medidas como o armamento e treinamento da Guarda Municipal. Eu fui o primeiro a defender isso e já defendia desde o ano passado", explicou.
Além da guarda armada, o candidato também defendeu a manutenção da iluminação pública pela iniciativa privada e o investimento no comércio de rua.
"Precisamos também melhorar a iluminação da nossa cidade entregando a iluminação pública para a iniciativa privada. E colocar pessoas nas ruas. Facilitar o comércio 24 horas com pessoas sempre circulando. Isso traz segurança."
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Em réplica à pergunta feita para Mendonça Filho (DEM) sobre o déficit habitacional no Recife, Charbel defendeu que o dinheiro que seria utilizado para a construção de habitacionais fosse direcionado para cartas de crédito podendo ser usadas pela população. Charbel explicou que com isso não haveria chance para desvio de recursos e a população escolheria onde morar.
"Por que não pegamos o valor que custaria cada habitacional e entregamos em carta de crédito para a população? É uma solução rápida, que já resolve o problema de imediato. As pessoas não vão precisar esperar anos em palafitas e morros. Além disso, elas compram um imovel aonde quiserem morar. O governo não vai definir onde as pessoa vão morar. A gente ainda fomenta o mercado imobiliário", defendeu.