O candidato a prefeito do Recife Mendonça Filho (DEM) divulgou, nesta quinta-feira (12), que solicitou a Polícia Federal que investigue e identifique os autores de um vídeo que está circulando no Whatsapp com notícias falsas sobre ele e familiares da sua candidata a vice-prefeita, Priscila Krause (DEM). No último dia 6, a assessoria jurídica do democrata pediu a Justiça Eleitoral que encaminhe uma notícia-crime ao Ministério Público Eleitoral sobre o caso para que o inquérito seja instaurado pela PF.
De acordo com a representação encaminhada à Justiça, o vídeo em questão diz que Mendonça teria nomeado o marido de Priscila, Jorge Branco, para um suposto conselho vinculado ao Ministério da Educação na época em que esteve à frente da pasta. Ainda de acordo com a montagem, Branco recebia remuneração de quase R$ 17 mil para participar de apenas uma reunião por mês no posto.
"No discurso, Mendonça Filho é duro! Enche o peito para dizer que vai cortar cargo e, segundo ele, acabar com a farra dos cargos comissionados da prefeitura. Esse é o seu discurso, mas, na prática, quando virou ministro do governo Temer, Mendonça Filho logo nomeou Jorge de Noronha Branco para uma vaga no Conselho Deliberativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Você o conhece? Mendonça Filho e, principalmente, a sua vice, Priscila Krause, conhecem muito bem. Jorge de Noronha Branco é marido de Priscila e passou a receber um salário de quase 17 mil reais para participar de apenas uma reunião por mês", diz uma parte da mensagem do vídeo.
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Um pouco adiante, o narrador do material afirma que Branco passou dois anos e dois meses no posto, tendo recebido, ao todo, quase meio milhão de reais. "Alguns podem chamar de privilégio, mas a verdade é que isso é uma MAMATA. Foram dois anos e dois meses recebendo quase R$ 17 mil, o que dá mais de R$ 440 mil por apenas 26 reuniões. É preciso repetir: isto é MAMATA!".
No pedido de investigação, os advogados de Mendonça afirmam que as informações são inverídicas, uma vez que o Senar é uma empresa privada e sem nenhuma ligação com o MEC. "O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) é uma empresa de direito privado, sem fins lucrativos, ligada à Confederação Nacional da Agricultura e mantida pela classe patronal rural, tendo atuação nos 27 Estados do País. Portanto, não é empresa pública e não tem qualquer vínculo administrativo ou orçamentário com o Ministério da Educação. Nesse sentido, seria impossível que o então Ministro da Educação, Mendonça Filho, pudesse nomear alguém para cargo que nem ao menos é público", pontuaram.
A equipe jurídica do democrata também fez questão de ressaltar que, no período de pouco mais de dois anos em que Jorge Branco participou do conselho do Senar, ele recebeu uma remuneração muito inferior à que foi mencionada no vídeo. "o Sr. Jorge Branco integrou o Conselho do Senar, por um período de dois anos, como representante do setor, uma vez que é produtor rural no Agreste pernambucano, inscrito na Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro), tendo recebido, nos 24 meses em que trabalhou na empresa, remuneração correspondente a R$ 1.000,00/mês", declararam os advogados que assinam a solicitação de investigação.
"Fake news é crime e a gente combate com a Lei. Não adianta tentarem manchar a minha vida e a minha trajetória pública, e nem a de Priscila Krause, uma mulher combativa, que sempre enfrentou a corrupção e denunciou as várias irregularidades nas gestões do PSB", afirmou Mendonça. "Nós vamos ao segundo turno, vamos ganhar as eleições e vamos libertar a população do Recife da mentira, do abandono e do desprezo", completou o candidato.