Impeachment
Oposição protocola novo pedido de impeachment de Bolsonaro
Eles argumentam que o chefe do Executivo cometeu "crimes de responsabilidade em série" na condução da pandemia do coronavírus
Cadastrado por
JC
Publicado em 27/01/2021 às 16:57
| Atualizado em 27/01/2021 às 17:44
Com informações do Estadão
Os seis partidos de oposição na Câmara dos Deputados, PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e Rede, apresentaram, nesta quarta-feira (27), mais um pedido de impeachment contra o presidente
Jair Bolsonaro (sem partido). As siglas argumentam que o chefe do Executivo cometeu "crimes de responsabilidade em série" na condução da pandemia da covid-19;
>>João Campos diz que governo Bolsonaro vai na 'contramão do mundo' por corte que pode impactar pesquisasAté a tarde desta quarta-feira (27), a Câmara registrava o recebimento de 62 pedidos, desde o início do mandato de Bolsonaro, sem contabilizar o anunciado nesta quarta pela oposição e outro divulgado nesta terça-feira (26) por líderes religiosos. Do total dos já registrados, cinco foram arquivados ou não aceitos. Cabe ao presidente da Casa analisar e dar início aos processos que podem tirar o chefe do Executivo do poder.
De acordo com o líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), são elencadas 15 acusações de crime que teriam sido cometidos pelo presidente durante a pandemia. O caos do sistema de saúde em Manaus, Amazonas, com a falta de oxigênio para pacientes da covid-19, é um dos casos.
"Não tem como desvincular Bolsonaro de Pazuello (ministro da Saúde)", afirmou Guimarães. Guimarães citou uma frase dita por Pazuello em outubro do ano passado em uma transmissão ao vivo ao lado do presidente em que o ministro da Saúde disse: "é simples assim: um manda e o outro obedece".
"Não tenho dúvida que a história cobrará caro do presidente que entra janeiro sem auxilio emergencial e gasta milhões com chicletes e leite condensado", afirmou a deputada Fernanda Melchiona (PSOL-RS). A parlamentar fez referência ao gasto da administração federal, revelado pelo site
Metrópoles, de mais de
R$ 15 milhões em recursos públicos para comprar o doce em 2020.