Críticas

Opositores do governador Paulo Câmara reagem ao reajuste das passagem de ônibus no Grande Recife

Desde o domingo (7), o anel A passou de R$ 3,45 para R$ 3,75, e o anel B foi de R$ 4,70 para R$ 5,10 na RMR

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 08/02/2021 às 15:16 | Atualizado em 08/02/2021 às 15:16
O financiamento seria alimentado por taxas, impostos, contribuições, outorgas e outras fontes de arrecadação - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

O reajuste das passagens de ônibus no Grande Recife, autorizado na última semana pelo Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), tem causado burburinho entre opositores do governador Paulo Câmara (PSB). Com as mudanças, desde o domingo (7) o anel A passou de R$ 3,45 para R$ 3,75, e o anel B foi de R$ 4,70 para R$ 5,10, aumentos de 8,7% e 8,5%, respectivamente.

A deputada federal Marília Arraes (PT), que concorreu à Prefeitura do Recife na última eleição, usou sua conta no Twitter para queixar-se do aumento das tarifas e cobrar do chefe do Executivo melhora na prestação do serviço à população. "Milhares de pernambucanos estão desempregados e o governo de Paulo Câmara aprova um reajuste de mais de 8% nas passagens de ônibus! Melhorar o serviço que é bom, nada! Mas aumentar o lucro dos empresários.. É essa a prioridade?", questionou a parlamentar.

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Ontem, o ex-governador Mendonça Filho (DEM) classificou o reajuste das passagens como um "escárnio". O democrata lembrou, ainda, que a gestão socialista autorizou que as empresas de ônibus reduzissem a frota durante a pandemia, gesto que causou momentos de superlotação ainda maiores do que os habituais ao longo de 2020 e no início de 2021. "É um escárnio o aumento dado pelo Governo Paulo Câmara para a passagem de ônibus do Recife e da RMR. Enquanto, a partir de hoje (7/2), o povo paga mais 8,7%, o governo faz vista grossa para os ônibus superlotados na pandemia. Vale lembrar: a gestão do PSB autorizou a redução da frota", disparou.

O deputado federal Daniel Coelho (CID), por sua vez afirmou que Pernambuco possui "um dos piores sistemas de ônibus do Brasil", fato que, por si só, já deveria inviabilizar o aumento das passagens. "Após a eleição de 2018, o PSB aumentou o imposto de produtos básicos como água e bolacha. Após a eleição de 2020, aumenta a passagem de um dos piores sistemas de ônibus do Brasil. Isso, no auge da crise sanitária e econômica, mostra como são insensíveis ao sofrimento do povo", declarou Daniel.

Ao lado de movimentos sociais que protestavam contra o reajuste na última sexta (5), o deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) disse que o aumento é "abusivo" e que Paulo Câmara deu "uma facada" na população. "Estamos aqui para dizer não ao aumento abusivo implementado no valor da passagem de ônibus: quase 9%. É muito, principalmente com o aumento da crise econômica causada pela pandemia da covid-19. Governador, isso é um ato de covardia. É uma facada nas costas da população", cravou o parlamentar, na ocasião.

Conforme noticiado na coluna Mobilidade, da repórter Roberta Soares, o Estado tem destacado que o aumento das tarifas é menor do que a inflação acumulada de 2019 a 2020, que foi de 9%. Em 2018 e 2020, contudo, ambos anos de eleição, não houve nenhuma revisão tarifária.

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