O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4) que é preciso parar de "frescura" e "mimimi" com a pandemia e questionou até quando as pessoas irão ficar "chorando". A declaração foi alvo de críticas por ter sido feita um dia após o Brasil registrar recorde de mortes por covid-19. O presidente Jair Bolsonaro falou durante participação na inauguração de um trecho de 172 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, em Goiás.
- Brasil registra 1.910 mortes por covid-19 em 24 horas, novo recorde
- São Paulo volta à 'fase vermelha' de restrições no pior momento da pandemia no Brasil
- Transmissão descontrolada de vírus pode fazer do Brasil 'celeiro' de variantes
Na quarta-feira (3), o Brasil bateu, pelo segundo dia consecutivo, o número máximo de registro de mortes em 24h, com 1.840 óbitos, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde. A média móvel dos últimos sete dias também bateu um novo recorde, pelo quinto dia seguido: 1.332 óbitos contabilizados, em média.
"Até quando vão ficar dentro de casa, até quando vai se fechar tudo? Ninguém aguenta mais isso. Lamentamos as mortes, repito, mas tem que ter uma solução. Tudo tem que ter um responsável", finalizou Bolsonaro, que já se posicionou abertamente contra as medidas de isolamento social nesta segunda onda da doença causada pelo coronavírus.
- Em dia de recordes, Bolsonaro critica quem quer culpá-lo por mortes causadas pela covid-19
- Bolsonaro se queixa de medidas restritivas e diz: 'Para a mídia, o vírus sou eu'
- ''Bolsonaro já tem infrações maiores que a Dilma'', diz Mandetta sobre motivos para um impeachment
- Bolsonaro resolveu comprar a vacina que "transformava em jacaré". Não pelas mortes, mas por política