Pandemia

Na contramão do novo ministro, Bolsonaro volta a defender tratamento precoce

Na semana passada, o ministro da Saúde afirmou não existir tratamento para bloquear o vírus

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Estadão Conteúdo

Publicado em 01/04/2021 às 21:04 | Atualizado em 01/04/2021 às 21:06
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com máscara no queixo - CAROLINA ANTUNES/PR
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contrariou a recomendação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e voltou a defender o chamado "tratamento precoce" contra a covid-19 em sua live semanal nesta quinta-feira (1º). Na avaliação dele, o procedimento, que não tem respaldo científico, "passou a ser crime no Brasil". "Muita gente no Brasil faz o tratamento precoce e o preventivo também", disse o chefe do Planalto.
Na semana passada, o ministro da Saúde afirmou não existir tratamento para bloquear o vírus, mas ressaltou que a decisão de indicar medicamentos "compete ao médico, dentro de uma ambiência onde não existe uma evidência científica forte, com a sua autonomia milenar para prescrever medicamentos".
Desde o início da pandemia, o presidente vem defendendo a adoção do que chama de "tratamento precoce", que consiste na utilização de substâncias como cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina. Essas medicações não são recomendadas para pessoas com covid-19. Na semana passada, três pacientes morreram após receber nebulização com cloroquina na cidade de Camaquã, região sul do Rio Grande do Sul.
O presidente também comentou sobre um novo medicamento. "Já chegou à Anvisa a proxalutamida. É um medicamento que é desenvolvido conjuntamente com os Estados Unidos. Não é só nosso não, tá? Em conjunto com os pesquisadores americanos, de modo então que tenhamos então um remédio, mais cedo ou mais tarde, um remédio eficaz para combater aí a covid", disse.
 

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