A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado Federal não votou, nesta quarta-feira (26), o requerimento que pede a convocação do ex-prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB). Ele estava à frente da Prefeitura do Recife no início da pandemia no Brasil, em março de 2020, até dezembro, quando encerrou o mandato.
O requerimento para a convocação do ex-prefeito é do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Ele justifica que Geraldo precisa esclarecer os detalhes da operação Casa de Papel, realizada pela Polícia Federal para investigar supostas fraudes praticadas pela Secretaria de Saúde do Recife com recursos repassados pelo SUS.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz, afirmou que os requerimentos que estavam pautados para esta quarta-feira que não foram votados, devem ser avaliados na próxima terça-feira (1º)
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A gestão de Geraldo foi alvo de operações da Polícia Federal por supostas irregularidades em compras com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito do combate ao coronvírus (covid-19).
Hoje, Geraldo é secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, nomeado pelo governador Paulo Câmara (PSB). Como informou o Blog de Jamildo, a aprovação da convocação já foi pactuada pelos senadores para ser votada nesta quarta-feira e foi firmada por parlamentares das alas oposicionista, governista e independente.
Geraldo Julio
Geraldo Julio, se posicionou sobrea possibilidade de ir ao Senado prestar esclarecimentos sobre a operação Casa de Papel. De acordo com o ex-chefe do Executivo municipal, "todos os atos da administração pública estão sujeitos à apuração, isto faz parte da democracia;", disse, em nota enviada ao JC.
Ainda segundo Geraldo Julio, "o requerimento, que ainda será apreciado, é para prestar depoimento como testemunha e não como investigado". "A Secretaria Municipal de Saúde já prestou todos os esclarecimentos necessários aos órgãos de controle e demonstrou a legalidade dos atos; Os Hospitais Provisórios do Recife salvaram milhares de pessoas dessa terrível doença", concluiu a nota.
Sobre a operação, a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou à época que “na investigação foram identificados indícios de irregularidades nas aquisições de materiais médico-hospitalares, tais como favorecimento na contratação, interpostas pessoas no quadro social da empresa (laranjas), sócios ocultos como verdadeiros proprietários e de lavagem de dinheiro. Os valores envolvidos nesse contrato chegam a R$ 7,5 milhões”.