com informações do SBT News
O ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, assinou, nesta terça-feira (15), o acordo Artemis, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. O acordo da Agência Espacial Americana (Nasa) tem como principal objetivo a exploração espacial. A ideia é levar a primeira mulher e o próximo homem à Lua em 2024 enquanto desenvolve as tecnologias e experiência para organizar uma missão humana a Marte.
Presente na cerimônia, Jair Bolsonaro também assinou o acordo e afirmou que é um momento histórico para o Brasil. "Pra nós é um tremendo passo, motivo de orgulho para todos nós brasileiros", afirma.
Segundo o governo federal, a iniciativa conta com colaboração de parceiros comerciais e internacionais e prevê duas missões antes do pouso na superfície da Lua.
O Brasil é o único país da América Latina e o 12º no mundo a entrar para a lista de parceiros até o momento. O acordo foi assinado por oito nações em seu lançamento (Austrália, Canadá, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA) e teve a adesão também de Coreia do Sul, Nova Zelândia e Ucrânia.
Vale ressaltar que não há brasileiros no grupo de astronautas que compõem a missão espacial. "O Brasil vai mostrar seu valor agora no Artemis. Não só por levar a primeira mulher ao espaço, mas também pelo que podemos trazer do espaço para aplicarmos aqui na Terra. Perdemos tempo no passado com questões ideológicas, como, por exemplo, uma base de Alcântara que ficou parada duas décadas no Congresso", disse Bolsonaro.
O ministro e ex-astronauta Marcos Pontes definiu o Artemis como um programa extremamente ambicioso e comemorou a participação do Brasil. "É um programa [espacial] extremamente ambicioso, como aquele anunciado pelo presidente John Kennedy em 1962, em Houlston, no Texas. Inclui empresas privadas, outros países. É um esforço da humanidade para conquistar um espaço profundo e o Brasil não podia ficar fora de jeito nenhum. É um ótimo momento para o Brasil participar desse programa", disse.
"Temos feito esforço para causar esse ponto de inflexão no nosso programa espacial. Dividimos em cinco áreas: infraestrutura de lançamento com o centro espacial de Alcântara; pesquisa; satélites, cargas úteis e foguetes; aplicações no espaço; legislação e modernização de toda a legislação no espaço que temos no Brasil", completou Pontes.
O ministro destacou as "vantagens" da participação do Brasil no programa Artemis. "Haverá o engajamento de universidades, a preparação de novos pesquisadores, centros de pesquisa. Serão oportunidades muito grandes a medida em que o Brasil se aprofunda nesse programa. Isso, finalmente, abre caminhos para os jovens", disse.