A pesquisa Dafatolha divulgada nessa quinta-feira (8), mostrou que as fortalezas bolsonaristas estão no Sul e no Norte/Centro-Oeste. Essas regiões são mais simpáticas, como na avaliação geral, ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Regionalmente, o presidente tem sua melhor avaliação no Norte/Centro-Oeste (15% da amostra), onde é visto com um presidente ótimo ou bom por 34%. No Sul (15% da amostra), por 30%. Diferente do Nordeste, que continua sendo a região que mais desaprova a gestão do presidente da República. No levantamento, consideram ruim ou péssimo 60% dos nordestinos.
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Honestidade
No quesito honestidade, 43% o veem como uma pessoa honesta no Sul do País. Já no Norte Norte/Centro-Oeste, esse percentual atinge 47%. O índice vai a 54% entre os que ganham de 5 a 10 salários mínimos.
Evangélicos
O presidente mantém seu apoio com melhores índices entre os evangélicos, segmento ao qual é associado. Sua reprovação cai para 34% entre eles, e a aprovação sobe a 37%.
Os evangélicos, representaram 24% da amostra. No grupo, 51% acham o presidente honesto, ante 39% que pensam o contrário, índice semelhante ao do quesito sinceridade, pois 51% o acham sincero e 41% falso.
O desemprenho do presidente é visto como mais positivo por quem tem mais de 60 anos (32% de ótimo ou bom), mais ricos (32%) e entre quem ganha entre 5 e 10 mínimos (34%).
Empresários seguem sendo o único grupo (de apenas 2% da amostra) em que Bolsonaro goza de apoio maior do que reprovação: 49% o consideram ótimo ou bom.
Pesquisa
De acordo com o Datafolha, 51% dos brasileiros avaliam o governo como ruim ou péssimo, isso corresponde a 6 pontos porcentuais a mais que o último levantamento, em maio. Já os que avaliam a gestão como regular somam 24% da população, 6 pontos a menos que há dois meses.
Os que avaliam como bom ou ótimo são 24%, número estável desde o levantamento passado. Não responderam somam 1%. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos porcentuais. Foram ouvidas 2.074 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 7 e 8 de julho em 146 municípios.
A piora da avaliação do governo coincide com os avanços da CPI da Covid e novas denúncias de supostos esquemas de corrupção. A deterioração da imagem presidencial aconteceu principalmente entre a parcela da população que ganha até dois salários mínimos A avaliação negativa neste grupo cresceu 9 pontos porcentuais em dois meses, de 45% para 54%.
Entre os grupos que reprovam o governo, têm destaque os que preferem o PT, 79% desta fatia, os estudantes, 61%, e quem ganha mais de dez salários mínimos, 58%. Dos que aprovam, o governo é bem avaliado por 49% dos empresários, 36% dos que preferem partidos além de PT, MDB e PSDB, 34% dos moradores do Centro-Oeste e 32% de quem tem mais de 60 anos.