O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e o cumprimento de busca e apreensão contra ele por suposta participação em uma organização criminosa digital montada para ataques à democracia.
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A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação na manhã desta sexta-feira (13) para cumprir a ordem judicial. O petebista foi preso em um dos endereços ligados a si. A confirmação da prisão veio por volta das 9h15.
Inicialmente, a PF, não havia localizado Roberto Jefferson no endereço que constava na investigação. Em seu Twitter, o ex-deputado afirmou que a PF estava na casa de sua ex-mulher. “Vamos ver de onde parte essa canalhice”, afirmou na rede social.
A pedido da PF
O pedido de prisão partiu da PF, que identificou a atuação do presidente nacional do PTB em uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições democráticas. A investigação faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, para apurar uma organização criminosa digital.
Nessa investigação, a PF apura indícios e provas que apontam para a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito.
Essa organização se dividiria em núcleos: de produção, de publicação, de financiamento e político. Outra suspeita é de que o grupo tenha sido abastecido com verba pública.
Roberto Jefferson
O ex-deputado Roberto Jefferson é presidente nacional do PTB. Ele já foi preso anteriormente por sua condenação no mensalão, quando se tornou o pivô do escândalo do esquema, em 2005. Foi a partir de uma entrevista dele ao jornal "Folha de S. Paulo" que o país tomou conhecimento das denúncias de que o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva passava dinheiro a deputados da base.
Atualmente, o petebista é aliado do presidente Jair Bolsonaro e tem veiculado com frequência vídeos com ataques aos ministros do Supremo.