Ao chegar no Palácio do Campo das Princesas para um jantar com o ex-presidente Lula (PT), presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, disse que o encontro não deve ser definitivo ainda sobre a realização ou não de uma aliança entre os dois partidos, mas afirmou que esse diálogo será importante para que as duas siglas falem a mesma língua e que atuem de forma sintonizada para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022.
Ele também ponderou que não é impossível que o PSB tenha candidato próprio à presidência, como tem sido defendido pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), mas disse que o mais importante agora é que as diversas siglas de esquerda possam dialogar. "A melhor opção para o PSB é a opção de derrotar o presidente Bolsonaro no ano que vem, seja com candidatura própria, seja com aliança", lembrou.
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"A conversa hoje é uma conversa que está acontecendo no país inteiro com as forças democráticas que estão conversando e buscando um grande ponto de convergência que é justamente o combate ao governo Bolsonaro. Derrotar Bolsonaro nas próximas eleições é o grande objetivo desses encontros. Esse ano é pra isso mesmo. É um ano para conversar. Tem tempo para construir aliança e discutir como serão construídas as candidaturas a partir do ano que vem. Agora que está se definindo a regra eleitoral para o ano que vem", afirmou Sileno.
O socialista também disse que a visita de Lula ajuda a consolidar a ideia de que "os partidos que têm responsabilidade com o país, como o PSB, precisam estar falando a mesma linguagem".
Majoritária
Questionado sobre a possibilidade de o PT compor a chapa majoritária da Frente Popular, Sileno não cravou, nem descartou. "Aí é a aliança, aí a gente vai saber no ano que vem. Isso faz parte do diálogo. Todo partido que está na aliança da Frente Popular tem condição de ter um espaço na majoritária. Agora, os espaços são limitados", respondeu.
Ato
Pouco antes das 19h30, um grupo de militantes do movimento MLRT chegaram ao Palácio do Campo das Pricnesas entoando músicas em homenagem ao ex-presidente. Ele vieram a pé do prédio que estão ocupando, no bairro de Santana, em frente ao Armazem do Campo. Mais cedo, eles haviam fechado uma das ruas, próximas ao Rio Capibaribe, no Centro do Recife.