A carta assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nessa quinta-feira (9), pregando harmonia entre os poderes e recuando após ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), decepcionou alguns de seus apoiadores. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o pastor e empresário Jackson Vilar, de São Paulo, disse que o chefe do Executivo "traiu todo mundo" e chamou o presidente de "frouxo e louco". Jackson ficou conhecido por ser um dos organizadores da motociata 'Acelera para Cristo', em apoio a Bolsonaro.
- 'Carta à Nação' de Bolsonaro, vista como recuo após falas antidemocráticas, não abalou fidelidade de seguidores; veja números
- "Alguns querem que vá lá e degole todo mundo", rebate Bolsonaro após repercussão entre apoiadores da 'Declaração à Nação'
- Saiba quais políticos, partidos e centrais sindicais devem participar dos atos contra Bolsonaro no dia 12 de setembro
- PSOL decide não participar de manifestações contra Bolsonaro no dia 12. Atos são organizados pelo MBL
- Live de Bolsonaro neutralizou acusações de traição
- Recife e pelo menos outras 15 capitais terão atos contra Bolsonaro no domingo, 12 de setembro
No vídeo, o ex-apoiador ainda diz que Zé Trovão é a melhor opção para 2022 e que o ministro Alexandre de Moraes "solte todos que foram traídos pelo presidente". Jackson ainda fala que não apoia mais Bolsonaro e concluiu: "Bolsonaro, eu te apoiei até hoje, a partir de hoje eu quero que você vá à m****!".
O religioso disse que foi enganado pelo presidente e afirmou que vai queimar a camisa com o nome de Bolsonaro. "Alexandre de Moraes, solte todos que foram enganados por Bolsonaro. Todos fomas enganados por esse traidor que quer andar de helicóptero do Exército e ver gente aplaudindo, gritando o nome dele. Eu vou queimar a minha camisa com o nome Bolsonaro", afirmou.
Vilar começa dizendo que em São Paulo "nós temos o calça apertada e em Brasília temos o calça frouxa". Chamou Bolsonaro de "traidor da pátria". "Onde já se viu mandar recuar? Eu fui processado várias vezes defendendo o Bolsonaro, mas agora eu te digo: eu não acredito mais", disse.
Na última semana, o agora ex-bolsonarista tinha ameaçado usar a violência contra indígenas que estão em Brasília protestando contra o julgamento do Marco Temporal.