O deputado federal e presidente do PDT no Ceará, André Figueireado (PDT) disse, nesta sexta-feira, 5, não se arrepender da decisão favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, aprovada em primeiro turno nesta quinta-feira, 5. Em entrevista à rádio O POVO CBN, o parlamentar defendeu a construção do programa Auxílio Brasil, de interesse do governo federal, que deve substituir o Bolsa Família. A matéria é do jornal O Povo para a Rede Nordeste.
Segundo o deputado, o partido chegou a defender a continuidade do Bolsa Família, e confessou reconhecer os interesses eleitorais do Planalto com a aprovação da PEC dos Precatórios. "Nós questionamos. Era muito melhor aperfeiçoar o Bolsa Família. Bolsonaro com interesse eleitoreiro criou o Auxilio Brasil, mas ter esse interesse não significa que nós vamos se furtar a defender esses R$ 400, que são indispensáveis para a sobrevivência de milhões de famílias", disse André.
- "Não existe chance de Ciro Gomes deixar a candidatura", diz presidente do PDT
- Especulado pelo Santa Cruz, Ciro dispara: "Não jogo em outro clube de Pernambuco"
- Crise no PDT: líder reage à ameaça de Ciro Gomes, coloca cargo à disposição e desmente próprio pai sobre PEC dos precatórios
- Ciro sabia que o PDT votaria a favor da PEC e não falou nada antes. Esperou para usar como desculpa?
"Então, de forma alguma, nós nos sentimos responsáveis por dar essa sobrevida ao Bolsonaro. Nos sentimos responsáveis por garantir a sobrevivência do povo brasileiro", disse o deputado. O presidente do PDT no Ceará ainda endossou críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro, atribuindo-o culpa por "irresponsabilidade", "omissão" e "crime que comete a cada dia", fazendo o Brasil sofrer como nunca antes".
A posição diverge com o defendido pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Nesta quinta, o presidenciável suspendeu sua pré-candidatura pelo partido até que a legenda reveja o apoio à PEC. Na manhã desta sexta, a divergência fez o líder do PDT na Câmara, Wolney Queiroz (PE), colocar o cargo à disposição. Contudo, André Figueiredo garantiu que o parlamentar permanece no cargo até o fim do ano.