O PDT de Pernambuco é categórico ao afirmar que o ex-ministro e pré-candidato a presidente da República, Ciro Gomes, terá palanque no Estado. Mas, como isso será viabilizado, ainda está em processo de discussão. Se antes o posicionamento era de que se o PT estivesse no mesmo palanque que o PSB, os pedetistas desembarcariam de imediato, hoje, outras possibilidades começam a ser levadas em consideração.
O presidente estadual do PDT, o deputado Wolney Queiroz, ao falar que o legenda tem dialogado com várias frentes políticas sobre a federação partidária, principalmente com o DEM - que se fundiu com o PSL, e agora passam a ser a União Brasil - também abriu a possibilidade de permanecer na Frente Popular, mesmo que os socialistas formalizem nacionalmente o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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“Acho que é legítimo que os partidos possam buscar as federações, o PDT também está conversando para buscar apoios para Ciro, ninguém pode ser candidato sozinho, mas acho que isso não vai se resolver agora", disse Wolney. Em seguida ele rememorou o cenário desenhado nas eleições de 1994.
"Quando disputei minha primeira eleição para deputado federal, o candidato era [Miguel] Arraes para governador e ele apoiava Lula. Já o PDT tinha um candidato ao Senado, que era Armando [Monteiro Filho] e ele apoiava [Leonel] Brizola, tudo isso dentro da chapa. Então, tem muita coisa para acontecer, inclusive alguém do PDT que representa a candidatura de Ciro na chapa do PSB”, declarou Queiroz, que esteve presente no lançamento do livro “Lições de Madrugada”, do deputado federal Tadeu Alencar (PSB), nessa quinta-feira (2).
O dirigente afirmou que retomará a rodada de conversas de olho na conjuntura de 2022, a exemplo do encontro que teve com o pré-candidato a governador e prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, realizado em agosto. Mas, reforçou que o PSB é o “parceiro preferencial no Estado”.
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“Temos um jogo jogado com o PSB, quer dizer, nós integramos a Frente Popular não só na Prefeitura do Recife, mas no Governo do Estado. É nosso parceiro preferencial no estado e nacionalmente, mas nós temos um prazo que é abril para que a gente possa definir como vai ficar o apoio do PSB e a quem ele vai se vincular nacionalmente para que a gente possa avaliar os reflexos que isso vai ter em Pernambuco. Primeiro vamos aguardar os sinais nacionais”, declarou.
Mesmo descartando qualquer possibilidade de participar de uma federação com o PT, Wolney Queiroz irá se encontrar com o senador Humberto Costa, na próxima semana em Brasília. O petista já sinalizou que se PSB e PT não caminharem juntos a nível nacional, ele se colocará como candidato a governador em Pernambuco.
“O que o PDT está buscando é formar uma federação com partidos que possam fortalecer o projeto de Ciro Gomes. E não uma federação com o PT que vai girar em torno do fortalecimento do presidente Lula. Nós temos conversado com o DEM, que tem aliança conosco em algumas cidades, como em Salvador, onde ACM Neto se dá bem com Ciro. Entre os partidos prioritários seria o DEM”, explicou Wolney.