Eleições

Centro-direita deixa para 2022 decisão sobre lançar uma ou mais candidaturas em Pernambuco, diz Miguel Coelho

Segundo o prefeito de Petrolina, os partidos que compõem o grupo devem se reunir em fevereiro para bater o martelo sobre a estratégia a ser adotada no pleito

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 21/12/2021 às 12:45 | Atualizado em 23/12/2021 às 13:02
Prefeito disse que espera ter vice e senador do Agreste e do Grande Recife para ampliar adesão, falou no Podemos, mas se esquiva de Sergio Moro - FERNANDO DA HORA/DIVULGAÇÃO

Hoje com três pré-candidatos a governador, o grupo de centro-direita que faz oposição à atual gestão estadual deve definir a estratégia que adotará nas eleições do próximo ano apenas em fevereiro. A informação foi dada pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), na manhã desta terça-feira (21). Além do próprio Miguel, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), colocaram seus nomes à disposição do coletivo e podem disputar o Palácio do Campo das Princesas em 2022.

Três meses após PSDB, PL, Cidadania e PSC anunciarem que estarão unidos em torno do mesmo candidato a governador, que poderá ser Raquel ou Anderson, Miguel afirmou que ainda mantém intenso diálogo com os aliados e até mesmo os considera “como irmãos”. Em sua fala, o petrolinense defendeu que ainda é cedo para acertos definitivos visando o primeiro turno do pleito, mas parece inclinado a defender a apresentação de dois nomes oposicionistas ao eleitorado do Estado.

“A oposição tem se falado frequentemente e as movimentações que vêm sendo feitas são muito boas porque levantam não só os nossos nomes, mas também os problemas do Estado. No momento oportuno a gente vai decidir se é melhor ter uma ou duas candidaturas, como foi em 2006, quando inclusive houve segundo turno. De lá pra cá a oposição sempre saiu unida em torno de um nome só e as eleições se resolveram no primeiro turno. Talvez por isso a gente precise fazer uma reflexão se não seria melhor recalibrar nossos pensamentos e repetir uma fórmula que deu certo em vez de insistir em uma que não está dando”, declarou o prefeito.

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Afirmando já estar debruçado sobre o seu programa de governo e empolgado com a adesão de dezenas de lideranças locais à sua postulação, Miguel diz que não pretende definir os ocupantes das vagas de vice-governador e senador na sua chapa por enquanto. Segundo ele, “não dá para definir a escalação antes da formação de um time”.

“Nós estamos recebendo novos apoios, novas adesões. Se você forma o time antes da janela partidária, por exemplo, você termina afastando, afinal tem gente que quer vir para colocar o seu nome e ser pelo menos considerado”, pontuou.

Questionado a respeito do papel do Podemos nessa construção, Miguel fez questão de reconhecer que o partido presidido em Pernambuco pelo deputado federal Ricardo Teobaldo foi o primeiro a oficializar apoio à sua pré-candidatura, mas disse que a parceria em questão não foi feita “prometendo vaga”.

Em outubro, Teobaldo afirmou ao JC que o Podemos poderia indicar a deputada estadual Clarissa Tércio para a vice de Miguel. Atualmente a parlamentar está filiada ao PSC, mas informações de bastidores apontam que ela, um nome forte perante o segmento conservador e evangélico do Estado, poderia migrar para a sigla do ex-juiz Sergio Moro.

Sobre a deputada, Miguel não negou que ela poderia estar ao seu lado na majoritária, mas frisou que a indefinição partidária na qual ela se encontra é um empecilho para o desenvolvimento da discussão sobre o tema. O prefeito adiantou, contudo, que dará prioridade a nomes de regiões de fora do Sertão, como o Agreste e a Região Metropolitana, para fortalecer a sua chapa para a eleição.

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