Após posicionamento do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), também foi às redes sociais, nesta sexta-feira (24), afirmar que a capital não exigirá prescrição médica para vacinar crianças contra covid-19.
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"Uma vacina aprovada pela Anvisa é uma vacina segura. Não exigiremos prescrição médica pra crianças no Recife. Nosso objetivo é ampliar o acesso e salvar mais vidas, e não criar burocracias desnecessárias. Começamos a preparar um centro específico e vamos proteger nossas crianças", escreveu João no Twitter.
Mais cedo, Paulo Câmara afirmou que Pernambuco não vai exigir prescrição médica para a vacinação ao contrário do que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vem defendendo.
O Comitê Científico do Nordeste, braço especializado do Consórcio de governadores da região, repudiou em nota a consulta pública promovida pelo Ministério da Saúde sobre crianças receberem ou não vacina contra a covid-19.
O comitê, segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, diz não haver "nenhuma justificativa científica, médica ou técnica para a consulta e recomenda urgência no início da vacinação nesta faixa etária da população."
"A vacina é segura, foi aprovada pela Anvisa e vai proteger nossos pequenos. É simplesmente inacreditável que um ano depois, o Governo Federal tente, pela segunda vez, desacreditar a vacinação. Para eles, mais de 600 mil vidas perdidas ainda não foi suficiente", escreveu o governador.
Supremo
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira, 24, que o governo federal explique, em cinco dias, a necessidade da apresentação de prescrição médica para a vacinação infantil.
Mais cedo, a Rede Sustentabilidade foi ao Supremo contestar o texto colocado em audiência pública pelo Ministério da Saúde, que exige prescrição médica e anuência dos pais para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, já aprovada pela Anvisa.
Ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a vacinação a crianças, mas somente com prescrição médica. A medida contrariou especialistas, que apontaram a falta de necessidade da medida, já que as vacinas são eficazes e seguras.