Desistência

PT nacional abre mão da candidatura de Humberto Costa para governador de Pernambuco; senador fala em "gesto político ao PSB"

O ex-presidente Lula se reuniu com o senador pernambucano Humberto Costa, um dia depois de receber o governador Paulo Câmara, onde ratificou o apoio do PT ao candidato escolhido pelo PSB

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 04/02/2022 às 15:51
Ricardo Stuckert
Lula, Humberto e Gleisi - FOTO: Ricardo Stuckert
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Um dia após o ex-presidente Lula (PT) receber o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) e ratificar que o seu partido vai apoiar o candidato escolhido pelos socialistas, a desistência da pré-candidatura a governador do senador Humberto Costa foi anunciada. O parlamentar esteve nesta sexta-feira (4) com Lula e a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, que oficializou publicamente nas redes sociais, essa decisão.

"Mesmo liderando as pesquisas, companheiro Humberto Costa abriu mão de disputar o governo de Pernambuco para unificar as forças populares no Estado e no Brasil, para derrotar Bolsonaro e seus retrocessos. Grandeza política e desprendimento q saudamos hj em encontro com Lula", declarou a dirigente, tendo sua publicação repostada no perfil do líder-mor do PT.

Por sua vez, Humberto disse que a decisão foi tomada de forma coletiva, em prol de uma aliança nacional que está sendo construída. "Retiramos a nossa candidatura em Pernambuco num gesto político ao PSB. Uma candidatura extremamente competitiva, em 1º lugar disparado nas pesquisas, com 38% das intenções de voto. Fizemos isso porque queremos pavimentar, acima de quaisquer interesses pessoais, um caminho de união em favor da esperança e de um novo Brasil. Neste desafio, Pernambuco é estratégico e tem um peso importantíssimo. O PT do nosso estado está dando uma contribuição fundamental à conquista desta vitória", declarou Costa.

Na semana passada, a pesquisa de opinião encomendada pelo PT Nacional, na qual o Blog de Jamildo teve acesso ao resultado com exclusividade, foram testados três cenários possíveis para estas eleições. Nos três, em que é citado o nome do senador Humberto Costa, ele aparece disputando com Danilo Cabral (PSB), Clarissa Tercio (PSC), Raquel Lyra (PSDB), Miguel Coelho (DEM), Jones Manoel (PCB) e Ivan Moraes (Psol). Nos outros dois cenários apresentados, o que muda são os nomes do PSB, em um é colocado o nome do ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio, e em outro o do deputado federal Tadeu Alencar.

Na amostragem da Vox Populi, Humberto alcança entre 38% a 31% das intenções de votos, dependendo dos candidatos em questão. Já o deputado federal Danilo Cabral, cujo o nome foi apresentado a Lula durante o encontro em São Paulo, alcançou apenas 1% da intenção dos entrevistados. No PSB, a pesquisa foi vista como uma forma do Partido dos Trabalhadores pressionarem a Frente Popular diante da indefinição do PSB em apresentar um nome. Muitos socialistas, em reserva, foram categóricos ao afirmarem que essa postulação dialogava sozinha, já que é do conhecimentos de todos de que o PSB não iria abrir mão de indicar o candidato a sucessão de Paulo Câmara.

Agora, o PT vai pleitear a vaga para o Senado e os nomes cotados são os dos deputado federais Carlos Veras, apoiado pelo grupo de Humberto Costa, e Marília Arraes. Na reunião entre Lula e Paulo Câmara, essa discussão sobre a composição das chapas ficará para um segundo momento. Ontem, a conversa girou em torno apenas do candidato majoritário, para resolver a situação entre os partidos no palanque pernambucano.

 

 

 

 

 

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