'Dinheiro público jogado fora', diz Miguel Coelho sobre projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe

O Projeto Rios da Gente pretendia transportar mensalmente 300 mil pessoas e está parado desde 2016. Nesta semana, foi anunciado que as obras previstas para este semestre não seriam retomadas
Renata Monteiro
Publicado em 28/06/2022 às 14:08
ATAQUE Ex-prefeito de Petrolina ressaltou, sem citar nomes, que um dos idealizadores do projeto foi Danilo Cabral Foto: JONAS SANTOS/DIVULGAÇÃO


Após o JC publicar em primeira mão que as obras da navegabilidade do Rio Capibaribe não seriam mais retomadas neste primeiro semestre, como estava previsto, o pré-candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho, usou as redes sociais para criticar o partido do governador Paulo Câmara, o PSB, e o ex-secretário estadual responsável pelo projeto, o hoje deputado federal Danilo Cabral (PSB), que também deve disputar a chefia do Executivo de Pernambuco neste ano. O Projeto Rios da Gente pretendia transportar mensalmente 300 mil pessoas e está parado desde 2016.

"Apenas 2% das obras de navegação do Rio Capibaribe foram concluídos. Isso mesmo, 2%. Dinheiro público jogado fora e a população segue enfrentando o problema diariamente. O PSB começou a obra sem a garantia dos recursos e abandonou o projeto. Todo o dinheiro investido foi perdido, o pouco que foi feito, foi coberto pelo mato e afundado na lama", declarou Miguel, no Instagram.

O ex-prefeito de Petrolina fez questão de ressaltar no post, ainda que sem citar nomes, que um dos idealizadores do projeto foi Danilo Cabral, hoje pré-candidato a governador. "O secretário da época, responsável pela obra e condenado pelo TCE por má gestão e irregularidade, agora é candidato a governador e está refazendo as mesmas propostas, jurando que vai cumprir o que não fizeram em 8 anos. O povo de Pernambuco não vai mais se enganar. É hora de mudar", cravou.

Em junho do ao passado, o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) determinou que R$ 271 mil fossem devolvidos aos cofres públicos por Danilo, que foi secretário das Cidades no governo de Eduardo Campos, pelo ex-secretário executivo de Projetos Especiais José de Anchieta Gomes Patriota e pelas empresas ATP Engenharia e Projetec (atual TPF Engenharia).

Vale lembrar que na época em que o projeto foi lançado, 2010, o grupo político de Miguel Coelho era ligado ao PSB, sendo o pai dele, o hoje senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. FBC deixou o cargo em janeiro de 2011, quando passou a integrar a equipe ministerial da ex-presidente Dilma Rousseff, na pasta da Integração Nacional.

Bricio Santana/Divulgação - Fernando Bezerra Coelho, Eduardo Campos e Paulo Câmara em Araripina

Os Coelho partiram oficialmente para a oposição em meados de 2017, após divergências políticas locais e nacionais com os socialistas. Os primeiros a deixarem o partido foram FBC e o deputado federal Fernando Filho (UB), em setembro de 2017. Em 2019 foi a vez de Miguel desembarcar da legenda, apesar de já caminhar no campo opositor há mais de um ano.

Mendonça Filho cotado para candidatura ao Senado na chapa de Miguel Coelho

Aliado de Miguel Coelho (UB), após a divulgação da pesquisa Real Time Big Data em Pernambuco, confirmou que Mendonça Filho (UB) vem sendo cotado para pré-candidatura ao Senado. O ex-ministro aparece com 23% de intenção de voto, de acordo com o levantamento divulgado nessa segunda-feira (27).

Se confirmada, a candidatura de Mendonça Filho pode firmar uma chapa 'puro sangue' do União Brasil na majoritária. É que Alessandra Vieira será anunciada como vice de Miguel Coelho nesta quinta (30), num evento a ser realizado no Recife.

Mendonça Filho se tornou um dos dirigentes do União Brasil após a fusão do DEM, seu antigo partido, com o PSL. Ele é um dos vice-presidentes do 'superpartido', além de ocupar o cargo de secretário geral na executiva estadual da legenda.

De acordo com o interlocutor, a inclusão do seu nome na pesquisa eleitoral surpreendeu pessoas do próprio grupo. Outra 'surpresa' foi Armando Monteiro (PSDB), cotado para candidatura ao Senado na chapa de Raquel Lyra (PSDB).

O ex-senador aparece com 21%, num empate técnico com Mendonça. Teresa Leitão, pré-candidata do PT, fica com 10%, enquanto Gilson Machado (PL) tem 8% e André de Paula (PSD) fica com 6% de intenção de voto.

Na pesquisa Exame/Ideia, divulgada no começo do mês sem Armando ou Mendonça, aponta-se um empate técnico entre André, Gilson, Teresa e, ainda, a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB).

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