Após o JC publicar em primeira mão que as obras da navegabilidade do Rio Capibaribe não seriam mais retomadas neste primeiro semestre, como estava previsto, o pré-candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho, usou as redes sociais para criticar o partido do governador Paulo Câmara, o PSB, e o ex-secretário estadual responsável pelo projeto, o hoje deputado federal Danilo Cabral (PSB), que também deve disputar a chefia do Executivo de Pernambuco neste ano. O Projeto Rios da Gente pretendia transportar mensalmente 300 mil pessoas e está parado desde 2016.
"Apenas 2% das obras de navegação do Rio Capibaribe foram concluídos. Isso mesmo, 2%. Dinheiro público jogado fora e a população segue enfrentando o problema diariamente. O PSB começou a obra sem a garantia dos recursos e abandonou o projeto. Todo o dinheiro investido foi perdido, o pouco que foi feito, foi coberto pelo mato e afundado na lama", declarou Miguel, no Instagram.
O ex-prefeito de Petrolina fez questão de ressaltar no post, ainda que sem citar nomes, que um dos idealizadores do projeto foi Danilo Cabral, hoje pré-candidato a governador. "O secretário da época, responsável pela obra e condenado pelo TCE por má gestão e irregularidade, agora é candidato a governador e está refazendo as mesmas propostas, jurando que vai cumprir o que não fizeram em 8 anos. O povo de Pernambuco não vai mais se enganar. É hora de mudar", cravou.
Em junho do ao passado, o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) determinou que R$ 271 mil fossem devolvidos aos cofres públicos por Danilo, que foi secretário das Cidades no governo de Eduardo Campos, pelo ex-secretário executivo de Projetos Especiais José de Anchieta Gomes Patriota e pelas empresas ATP Engenharia e Projetec (atual TPF Engenharia).
Vale lembrar que na época em que o projeto foi lançado, 2010, o grupo político de Miguel Coelho era ligado ao PSB, sendo o pai dele, o hoje senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. FBC deixou o cargo em janeiro de 2011, quando passou a integrar a equipe ministerial da ex-presidente Dilma Rousseff, na pasta da Integração Nacional.
Os Coelho partiram oficialmente para a oposição em meados de 2017, após divergências políticas locais e nacionais com os socialistas. Os primeiros a deixarem o partido foram FBC e o deputado federal Fernando Filho (UB), em setembro de 2017. Em 2019 foi a vez de Miguel desembarcar da legenda, apesar de já caminhar no campo opositor há mais de um ano.
Aliado de Miguel Coelho (UB), após a divulgação da pesquisa Real Time Big Data em Pernambuco, confirmou que Mendonça Filho (UB) vem sendo cotado para pré-candidatura ao Senado. O ex-ministro aparece com 23% de intenção de voto, de acordo com o levantamento divulgado nessa segunda-feira (27).
Se confirmada, a candidatura de Mendonça Filho pode firmar uma chapa 'puro sangue' do União Brasil na majoritária. É que Alessandra Vieira será anunciada como vice de Miguel Coelho nesta quinta (30), num evento a ser realizado no Recife.
Mendonça Filho se tornou um dos dirigentes do União Brasil após a fusão do DEM, seu antigo partido, com o PSL. Ele é um dos vice-presidentes do 'superpartido', além de ocupar o cargo de secretário geral na executiva estadual da legenda.
De acordo com o interlocutor, a inclusão do seu nome na pesquisa eleitoral surpreendeu pessoas do próprio grupo. Outra 'surpresa' foi Armando Monteiro (PSDB), cotado para candidatura ao Senado na chapa de Raquel Lyra (PSDB).
O ex-senador aparece com 21%, num empate técnico com Mendonça. Teresa Leitão, pré-candidata do PT, fica com 10%, enquanto Gilson Machado (PL) tem 8% e André de Paula (PSD) fica com 6% de intenção de voto.
Na pesquisa Exame/Ideia, divulgada no começo do mês sem Armando ou Mendonça, aponta-se um empate técnico entre André, Gilson, Teresa e, ainda, a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB).