Prestes a ser entrevistado na edição do Jornal Nacional desta quinta-feira, 25 de agosto, Lula (PT) recordou sua última passagem pelo noticiário da TV Globo. O ex-presidente adotou tom pacificador, reafirmando sua união com Geraldo Alckmin (PSB), seu antigo rival na disputa pela Presidência da República.
No final da noite de ontem, no Twitter, Lula compartilhou um vídeo com a tradicional abertura do Jornal Nacional. "Boa noite e até amanhã", escreveu o ex-presidente. Ainda na rede social, já nesta quinta-feira, Lula falou sobre seu vice.
"Bom dia. Hoje serei entrevistado como candidato no Jornal Nacional. A última vez foi na eleição de 2006, quando meu adversário era… o Geraldo Alckmin. Hoje iremos juntos até lá", comentou o ex-presidente na rede social.
O petista, que levantou a tag #VamosJuntosPeloBrasil, fez referência à sua última disputa pela eleição presidencial. Na ocasião, Lula tentava a reeleição e seu principal rival foi Alckmin, então filiado ao PSDB. Eles disputaram um segundo turno, com vitória do petista por 60,82% a 39,17%.
Para a eleição de 2022, Lula e Geraldo Alckmin se uniram num tom de 'frente ampla' contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). O ex-governador, agora filiado ao Partido Socialista Brasileiro, representa na chapa a aliança PT-PSB.
De acordo com as pesquisas eleitorais, Lula lidera a corrida pelo Palácio do Planalto. O petista tem 47% de intenção de voto, enquanto o incumbente tem 32%, segundo o mais recente levantamento do Datafolha.
Relação entre Lula e a Rede Globo
A relação entre Lula e a Rede Globo é marcada pela inconstância. Logo após ser eleito, em 2002, o petista foi à emissora e concedeu sua primeira grande entrevista. A relação começou a ficar tensa e culminou na Lava Jato.
Em outubro, ainda como presidente eleito, Lula chegou a indicar que, no governo do PT, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não deveria emprestar mais dinheiro à Globopar, holding da família Roberto Marinho.
Após as revelações sobre a conduta da operação, que resultaram na anulação dos processos contra Lula, o ex-presidente chegou a cobrar um pedido público de desculpas. Pediu um editorial, assumindo que o jornal foi 'enganado' pela força-tarefa de Curitiba.