Com informações do Estadão Conteúdo
O ex-presidente Lula (PT) participou da sabatina presidencial do Jornal Nacional nessa quinta-feira (26). Na entrevista, o petista não economizou elogiou ao seu vice, Geraldo Alckimin (PSB), com quem já disputou eleições anteriores.
Diante das críticas de setores do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a aliança com Geraldo Alckmin (PSB).
"Estou até com ciúmes do Alckmin, que sujeito esperto e habilidoso. Ele fez um discurso no dia 7 de maio, quando foi apresentado oficialmente ao PT, que eu fiquei com inveja. Ele foi aplaudido de pé", afirmou.
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Lula defendeu a aceitação dos eleitores petistas em relação à formação de campanha com 10 partidos, afirmando que o seu vice foi aceito pelos militantes do PT "de corpo e alma".
"Alckmin é uma pessoa que vai me ajudar, tenho confiança que a experiência como governador de São Paulo vai me ajudar a consertar esse País", disse.
ELEIÇÕES 2022: POLARIZAÇÃO POLÍTICA
Questionado se o PT não foi um dos responsáveis pelo atual cenário de polarização na política, Lula afirmou que polarização é diferente de estímulo ao ódio e que o Brasil era "feliz" quando a disputa política era entre PT e PSDB.
"Feliz era o Brasil e a democracia brasileira quando a polarização deste país era entre PT e PSDB. A gente era adversário política, trocava farpas [...] a gente não se tratava como inimigo. A militância é como torcida organizada. Política é assim. Você tem divergência, você briga, mas você não é inimigo", afirmou.
O jornalista William Bonner citou o fato de Lula ter usado a narrativa do "nós contra eles" durante o seu governo e questionou se isso não estimula a polarização.
"Polarização é saudável no mundo inteiro. Tem nos EUA, na Alemanha, na França, na Noruega, na Finlândia... Não tem polarização no Partido Comunista Chinês, no Partido Comunista Cubano. Quando se tem democracia, a polarização é saudável. É estimulante. Não podemos confundir polarização com o estímulo ao ódio", disse Lula.