Veja nos bastidores as vantagens e desvantagens dos possíveis candidatos a senador na chapa do PSB em 2022
Os três atuais senadores de Pernambuco, Fernando Bezerra, Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB), foram eleitos no palanque do PSB, partido do governador Paulo Câmara.
Falta quase um ano para as convenções partidárias que definirão os candidatos nas eleições de 2022. Uma das vagas em disputa no pleito em Pernambuco será a de senador. Estará em jogo a vaga que atualmente é ocupada por Fernando Bezerra Coelho (MDB).
Os três atuais senadores de Pernambuco, Fernando Bezerra, Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB), foram eleitos no palanque do PSB, partido do governador Paulo Câmara.
Esse número mostra, nos bastidores da política, a força do palanque do partido no estado. A legenda, por exemplo, é a que tem mais prefeitos no interior, que são alguns dos cabos eleitorais, e governa Pernambuco desde 2006. De 2010 para cá, elegeu governador e os senadores aliados nos respectivos pleitos.
Por isso, para 2022, a vaga de senador na chapa do PSB, que deverá ter o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio como candidato a governador, é desejada por muitos.
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São mais cotados para serem candidatos ao Senado os deputados federais André de Paula (PSD), Eduardo da Fonte (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos). Além disso, a depender se o PSB apoiar Lula (PT) ou Ciro Gomes (PDT) para presidente, a vaga pode ir para um petista ou pedetista. No caso do PDT, o nome mais cotado é o do deputado federal Wolney Queiroz. Entre os petistas, o deputado federal Carlos Veras (PT) e o deputado estadual João Paulo (PCdoB), que já selou a volta ao partido de Lula, são mencionados.
Também não está descartada a hipótese de uma nova aliança com o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), embora uma ala do PSB resista a apoiar o atual líder do governo Bolsonaro no Senado. Nessa hipótese, Miguel Coelho, prefeito de Petrolina, não seria candidato a governador, e Fernando tentaria a reeleição.
O governador Paulo Câmara, por sua vez, deverá disputar o cargo de deputado federal nas próximas eleições. Ele deverá renunciar ao governo em abril, e a vice Luciana Santos (PCdoB) assumiria por nove meses.
Diante disso, a reportagem do Blog preparou, com base em apurações com integrantes do PSB e de partidos aliados, os prós e contras que são citados sobre André de Paula, Eduardo da Fonte, Silvio Costa Filho e Wolney Queiroz, além do PT, nos bastidores da política local para poderem compor a chapa liderada pelo PSB, conhecida como "Frente Popular de Pernambuco".
PSD, André de Paula
Vantagem: o PSD, presidido nacionalmente pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, é próximo ao PSB. Inclusive, Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, foi um dos que ajudou na fundação do PSD em 2012
Desvantagem: em eventual aliança do PSB com o PT, pode prejudicar André o fato de já ter sido filiado ao DEM e ao antigo PFL, adversários dos petistas
PP, Eduardo da Fonte
Vantagem: o PP é o partido com a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa, comanda a Casa e é o terceiro com maior número de prefeitos em Pernambuco. Além disso, tem boa relação com o ex-presidente Lula, em caso do palanque do PSB apoiar a provável candidatura do petista à Presidência. Mesmo com o PP nacionalmente sendo aliado do presidente Jair Bolsonaro, a legenda costuma liberar os diretórios estaduais a decidirem sobre suas alianças locais.
Desvantagem: nos bastidores, uma ala do PSB teme que, se Eduardo da Fonte for eleito senador, ele rompa com o PSB e seja candidato a governador em 2026.
MDB, Fernando Bezerra Coelho
Vantagem: se o cenário estiver complicado, uma aliança do PSB com o grupo dos Coelho "desarmaria" o palanque da oposição, avaliam alguns membros da sigla peesebista.
Desvantagem: é o atual líder do governo Bolsonaro no Senado, e pesquisas internas mostram que a rejeição ao presidente em Pernambuco é alta. Por sua vez, o PSB faz oposição a Bolsonaro.
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Republicanos, Silvio Costa Filho
Vantagem: próximo ao prefeito do Recife, João Campos, desde 2019, quando ambos assumiram pela primeira vez o mandato de deputado federal. Além disso, o Republicanos é o partido que mais cresceu proporcionalmente em número de prefeitos em Pernambuco, passando de 1 para 15.
Desvantagem: voltou a ser aliado ao PSB em 2020, após sete anos na oposição, e outros partidos aliados ao PSB podem alegar a preferência para a vaga ao Senado por serem há mais tempo aliados do que Silvio Costa Filho.
PDT, Wolney Queiroz
Vantagem: é visto pelo PSB como leal. Em 2018, mesmo quando o PDT rompeu com o PSB para lançar Maurício Rands (PROS) como candidato a governador para fazer palanque para o então candidato a presidente Ciro Gomes, Wolney manteve o diálogo com o PSB, inclusive foi flagrado em campanhas eleitorais no interior com o adesivo de Paulo Câmara e em atos de campanha ao lado do governador, que disputava a reeleição.
Desvantagem: caso o PSB apoie o PT, de Lula, nacionalmente, ficará inviabilizada a postulação de Wolney ao Senado no provável palanque de Geraldo Julio. Isso porque o PDT já avisou publicamente que quer um palanque para Ciro Gomes em Pernambuco.
PT, Carlos Veras e João Paulo
Vantagem: o partido tem um dos maiores tempos de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado influente em parte do eleitorado pernambucano. O nome a ser escolhido, se for do PT, será provavelmente de um aliado do grupo do senador Humberto Costa no partido, que tem passado por rusgas internas recentemente. Inclusive, esse é um dos motivos pelos quais a deputada federal Marília Arraes, desafeta do PSB e adversária interna de Humberto no PT, não deverá ser candidata.
Desvantagem: o partido já tem um senador por Pernambuco, Humberto Costa, o que poderá levar a preferência a outros partidos aliados ao PSB. Além disso, o PT está sem nomes mostrando disposição internamente para ser candidato ao Senado, pelo menos no momento, mas os mais cotados são o ex-prefeito do Recife João Paulo e o deputado federal Carlos Veras, caso seja delegada a algum deles essa missão.