A atitude de um homem está recebendo bastante atenção nesses últimos dias: a Nigéria é o país com a maior população negra do mundo, mas mesmo assim, quando o nigeriano Taofick Okoya foi comprar uma boneca para a sua sobrinha, em 2006, só conseguiu achar bonecas brancas na loja.
Desde então, aquilo havia ficado na cabeça dele. Foi aí que o empresário de 44 anos, que na época era diretor-executivo da empresa familiar de utensílios de plástico, teve a ideia de fabricar bonecas que fossem da mesma cor da imensa maioria das crianças africanas do seu país.
Foi desse modo em que surgiu a Queens of África (rainhas da África), a empresa que atualmente vende mais bonecas na Nigéria.
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"A ideia é promover a autoaceitação e a confiança nas crianças africanas e nigerianas. Queria que elas gostassem de si mesmas e de sua raça. Percebi que a superexposição a bonecas e personagens brancos fazia com que elas desejassem ser brancas", disse Taofick em entrevista com ao G1.
O homem chegou a ter um exemplo disso na própria casa, através de uma conversa com a filha, quando ela tinha 3 anos de idade. "Os personagens preferidos dela eram todos brancos, as bonecas, também. Um dia ela me perguntou: 'de que cor eu sou?'. Disse que ela é negra e ela falou que preferia ser branca. Tive que explicar que há tipos diferentes de pessoas e culturas no mundo, que não somos todos iguais, e que negro também é bonito", relembrou Taofick.
Atualmente, a Queens of África fabrica seis modelos de bonecas, que representamos três maiores grupos étnicos da Nigéria: Hausa, Igbo e Yoruba. Os cabelos e roupas das bonecas se baseiam em looks inspirados em mulheres africanas.
Depois de muitos altos e baixos, a empresa emplacou. Agora, em média, são fabricadas cerca de 24 mil unidades de bonecas por mês, número costuma subir em períodos festivos, como Natal e Dia das Crianças.
Por enquanto, essas bonecas só estão sendo vendidas na Nigéria, mas Taofick pretende mudar isso. Segundo ele, até o fim do ano a marca fará vendas online. O nigeriano conta que há empresas de outros países da África, da Europa e dos Estados Unidos que estão interessadas em revender os seus produtos.
Informações: Portal G1.