Entenda o motivo da saída do repórter Marcos Uchoa da TV Globo

O experiente jornalista Marcos Uchoa anunciou nesta sexta-feira a saída da TV Globo. Após 34 anos na área de esportes, além de passagens por política e guerra, ele resolveu pedir demissão. A decisão foi divulgada em texto no portal GE, do mesmo grupo de comunicação. O repórter garantiu que não se trata de uma aposentadoria e almeja novos planos planos para a vida e carreira.

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"Acho que foi uma conjunção de fatos a minha decisão de deixar o jornalismo agora. Cobri a epidemia de Covid pelo Fantástico, fiz a série ‘Retratos de uma Guerra Sem Fim’ no Globoplay e minha última entrevista foi para o Esporte Espetacular, no quadro Duplas Espetaculares", afirmou Uchoa.

"E logo quem? Zico e Júnior, ídolos da minha infância. Fiz de tudo na carreira. Queria uma novidade. Ajudar mais efetivamente as pessoas", completou.

O jornalista explicou que todas as novas realizações na carreira serão consolidadas em um livro. Nele, ele pretende abordar vários assuntos. Marcos Uchoa ressaltou que não fará nenhuma mudança drástica. 

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"Garanto que não vou mudar para o interior! Quero fazer alguma coisa, ter uma ideia, uma ONG e certamente pôr no papel o livro, que tanto me cobraram, e que eu sempre quis escrever. Vai ser sobre as coisas que vivi, as coisas que penso. Numa reportagem, você pode até deixar escapar uma opinião, mas no livro poderei ser claro", disse o repórter.

"Falar de racismo, da situação da mulher, do desemprego dos jovens, economia. A ideia é fazer uma comparação destes temas, tão importantes para o Brasil de hoje, com o que vi lá fora durante todos estes anos", acrescentou.

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Questionado sobre a decisão tomada um ano antes da Copa do Mundo de 2022 no Catar, Marcos Uchoa frisou que seria "mais do mesmo" cobrir o torneio. Isso porque ele já visitou o país à trabalho em diversas oportunidade. Sendo assim, o repórter ressaltou que a decisão de pedir demissão da TV Globo foi tomada por causa de uma junção de fatores. 

"Não foi algo pensado. Mas, eu realmente já fiz de tudo no jornalismo. Ao Catar, já fui oito vezes. Então, cobrir a próxima Copa seria, digamos assim, “mais do mesmo”, apesar de sabermos que jornalismo não é algo previsível. E houve uma conjunção de trabalhos recentes, super produtivos e importantes, que me deram a certeza de serem uma mensagem para que eu fechasse o ciclo. Cobrir a epidemia da Covid, durante um ano e meio, no Fantástico", disse.