Já se passaram seis meses do dia em que mensagens de Whatsapp do conselheiro do Sport, Flávio Khoury, vazaram para quem quisesse ouvir. Nelas, palavras homofóbicas em direção a Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor. Tudo porque o ex-BBB, em visita ao seu clube do coração e dançou na Ilha do Retiro. Acreditem: Gil foi execrado por ser quem ele é: uma figura pública, carismática, livre e... torcedor do Sport.
> Gil do Vigor reage à punição definida ao conselheiro do Sport acusado de Homofobia
Durante todo esse tempo, mesmo com toda repercussão negativa e a sociedade lutando pelo fim do preconceito, o conselho deliberativo do Sport deu mais um exemplo do que não deve ser feito. Tratando o assunto com polidez, sem se expor, os conselheiros decidiram, em reunião sigilosa, absolver Flávio Khoury. Mas sem antes protagonizar mais um episódio triste, absurdo, vergonhoso: o presidente Pedro Lacerda expulsou, aos gritos, o diretor de diversidade do clube, Gabriel Augusto.
O mandatário alegou que só os conselheiros poderiam participar da reunião e, por isso, o diretor não teria permissão para se fazer presente. Mas precisa de tanta grosseria? Nem se Gabriel Augusto fosse protagonista de xingamentos homofóbicos merecia ser desrespeitado dessa maneira.
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É de chamar atenção também que os ataques homofóbicos foram tratados com um lentidão de causar inveja a qualquer tartaruga. Afinal, o caso precisava de "equilíbrio e sensatez". O fato foi bem evidente e claro: homofobia escancarada. E homofobia é crime. Algo que precisa ser coibido por todos que querem um mundo melhor para todos.
O assunto foi deixado de lado. Até que um dia, como se não tivessem nada para fazer, os conselheiros resolveram sentar e decidir o futuro de um conselheiro no clube. E não surpreende em nada a absolvição. Porque a atitude deveria ser imediata. Sem essa de nota oficial que soa mais como enganação.
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O caso de Gabriel Augusto é um novo absurdo. E prova o quanto a homofobia está imperando no conselho deliberativo do Sport. Ele queria apenas assistir a reunião, que aliás, não deveria ser sigilosa, pois é um assunto que interessa a toda sociedade. Mas, tudo bem, vamos aceitar essas portas fechadas. Mas nada justifica o tratamento dado ao diretor. Gabriel não xingou, não agrediu a ninguém. Apenas queria ver a reunião. Apenas isso. No áudio da reunião, a postura do presidente do conselho deliberativo foi entristecedor. E pior, ao final, os conselheiros aprovaram tudo com aplausos.
Humanidade passa longe no conselho deliberativo do Sport. A balança não pesa igual para quem eles querem. O episódio mostra que a homofobia venceu, lamentavelmente. Um paradoxo para um clube que, nos últimos anos, chama atenção por campanhas sociais, humanas, incluindo a criação de uma vice-presidência de diversidade, da qual Gabriel é diretor.
Mas no conselho deliberativo do Sport, pelo visto, vale o ditado antigo: Quem vê cara, não vê coração!
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