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CORRUPÇÃO

Presidente do PSG pode ser preso por mais de dois anos; saiba o motivo

O presidente do PSG é acusado de firmar um "acordo corrupto" com a Fifa

Cadastrado por

Túlio Feitosa

Publicado em 09/03/2022 às 15:27 | Atualizado em 09/03/2022 às 16:30
Dono do PSG, Nasser Al Khelaif também é presidente do grupo beIN Media - FRANCK FIFE / AFP

Às vésperas de Real Madrid x PSG, o Ministério Público da Suíça pediu a prisão do presidente do clube parisiense, Nasser Al-Khelaifi, e de Jérôme Valcke, antigo secretário-geral da Fifa. Os dois são acusados de firmar um acordo corrupto que facilitou a compra de direitos de transmissão para as Copas do Mundo de 2026 e 2030.



O julgamento está dentro do contexto do "Fifagate", escândalo ligado ao mundo do futebol deflagrado em 2015. Os pedidos de prisão foram anunciados nessa terça-feira (8), perante o Tribunal de Recursos do Tribunal Penal Federal (TPF), na cidade de Bellinzona.

As autoridades suíças solicitaram prisão de 28 meses (dois anos e quatro meses) do catari Nasser Al-Khelaifi, enquanto o ex-dirigente da Fifa tem pedido de reclusão de 35 meses (dois anos e 11 meses).

Ambos são acusados de um "acordo corrupto", feito às escondidas da Fifa, para a beIN Media - que pertence ao presidente do PSG - ganhar os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030. O catari teria facilitado o processo de aquisição ao "presentear" Valcke com 5 milhões de euros (cerca de R$ 27 milhões).

Mesmo com a acusação, os dirigentes foram absolvidos em primeira instância. Por outro lado, uma das promotoras do caso pediu o cumprimento da pena, enquanto os acusados alegam que o acordo não causou prejuízo à Fifa.

O valor desembolsado pela beIN Media é 60% maior em relação ao montante pago para as edições de 2018 e 2022 da competição. O grupo de Al-Khelaifi exibe a Copa do Mundo para o norte da África e Oriente Médio.

Presidente do PSG, Khelaifi, junto ao ex-dirigente da entidade máxima do futebol, não serão condenados por corrupção privada, já que a Fifa entrou em acordo com o catari e retirou a queixa dos tribunais em janeiro de 2020.

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