A curva de casos confirmados da covid-19 voltou a subir no Brasil após uma sinalização de queda há duas semanas. Segundo o boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (29), nesta última semana epidemiológica (30ª, de 19 a 25 de julho), a média diária de casos foi de 45.665, um aumento de 36% em relação à semana anterior (29ª), quando a média foi de 33.573.
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O movimento marca uma inversão da curva. De acordo com os dados da pasta, a média diária de casos confirmados estava relativamente estável ao longo do mês de julho. Na 28ª semana epidemiológica, a média diária bateu os 37.549, caindo para os 33.573 na semana seguinte (29ª), antes de voltar a subir.
Já curva das mortes também subiu, mas em ritmo menor. Na 29ª semana epidemiológica (SE) foram registrados 7.303 óbitos, índice que foi para 7.677 na 30ª semana. Foi a primeira elevação após 1 mês de estabilização dos números ao longo de julho.
"A curva de óbito tem se mantido constante desde a 22ª SE. Quando comparamos a 29ª com a 30ª, tivemos um aumento de 300 casos. A gente verifica que desde o dia 20 de julho a gente teve aumento de casos registrados quando comparamos a 28ª da 29ª, quando houve queda, com a 29ª para a 30ª, quando houve aumento", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo de Medeiros, em entrevista coletiva na sede do órgão.
A evolução da pandemia difere em regiões e estados. O boletim epidemiológico aponta que entre as semanas epidemiológicas 29 e 30 houve aumento de casos em 18 estados e de óbitos em 12. O cenário de estabilidade ocorreu, respectivamente, em 3 e 7 estados. Já a redução foi identificada em 6 Unidades da Federal (no quesito casos confirmados) e 8 (no quesito óbitos).
Acerca dos casos confirmados, os maiores incrementos se deram em Goiás (180%), Rondônia (146%) e Mato Grosso (102%). Já as maiores quedas ocorreram no Amapá (-32%) e Amazonas (-24%). Já nos óbitos, as elevações mais significativas foram notadas em Rondônia (80%), Amapá (53%) e Tocantins (41%). Já as reduções mais efetivas aconteceram no Acre (-32%) e no Amazonas (-24%).
"A gente apresenta os dados do país todo, mas é como se tivéssemos a pandemia se comportando de forma diferente em distintos locais. Estamos vivendo inverno onde tá mais propício a termos doenças respiratórias", comentou Medeiros.
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Segue o movimento de interiorização da pandemia, com 58% dos casos em localidades do interior e 42% nas regiões metropolitanas. Quando consideradas as mortes, aquelas ocorridas em metrópoles ainda são maioria (53%), mas aproximando-se das notificadas em cidades do interior (47%).
O secretário de Vigilância em Saúde atribui esse acréscimo à mudança na forma de diagnóstico (permitindo a análise clínica para além dos testes laboratoriais) e ao crescimento da testagem.
"É importante lembrarmos que estamos fazendo diagnóstico mais precoce da doença a medida que o Ministério disponibilizou orientações em que posso confirmar os casos que seja não apenas por testagem mas por diagnóstico clínico. O programa de testagem aumentou nas últimas semanas. Tudo isso associado contribui para que o número de casos [notificados] aumente", declarou.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.