A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta sexta-feira (15), mais um pedido de uso emergencial de vacina contra a covid-19. A solicitação foi realizada pelo grupo farmacêutico União Química, em conjunto com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês). O imunizante é o Sputnik V, de origem russa, que já foi aprovado em emergência por Argentina, Bolívia, Argélia, Sérvia e Palestina.
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O Fundo Russo de Investimento Direto anunciou, na quarta-feira (13) uma parceria com a União Química para o fornecimento de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a covid-19 no Brasil. Segundo comunicado, os imunizantes serão entregues no primeiro trimestre de 2021, com início já em janeiro. As doses serão produzidas em fábricas de Brasília, no Distrito Federal e de Guarulhos, em São Paulo.
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Os critérios de acolhimento de um imunizante no Brasil, mesmo que para uso emergencial, incluem a necessidade de a vacina estar em estudo na fase 3 no país. O pedido para estudos em humanos da Sputnik V foi feito pela União Química à Anvisa em 29 de dezembro. De acordo com a Agência, o processo ainda está em andamento e aguarda a complementação de informações para que a análise seja concluída.
Consórcio Nordeste articula aquisição de doses da vacina Sputnik V
O Consórcio Nordeste está articulando a compra de 50 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a covid-19. A informação foi repassada pelo governador do Piauí e presidente do consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT). Nesta quinta-feira (14), ele participou de videoconferência com representantes da Embaixada da Rússia no Brasil, da Farmacêutica União Química e do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para tratar da possibilidade.
“A Sputnik V foi aprovada por órgãos reguladores e está sendo usada em vários países. A União Química tem autorização para produção dessa vacina no Brasil. Através do Consórcio Nordeste, vamos solicitar doses prontas para esse uso. Já temos um documento com apoio de todos os governadores para reserva de 50 milhões de doses”, disse Wellington Dias.