Dúvidas persistem após reconstituição

Simulação do assassinato do promotor Thiago Faria Soares terminou atrasando e a polícia não pôde seguir o passo a passo do crime. A noiva do promotor participou
Do JC Online
Publicado em 24/12/2013 às 6:10


Atrasos, simulações além do horário, três horas e meia de trabalho intenso e muitas dúvidas ainda no ar. Assim foi a reconstituição do assassinato do promotor de Justiça de Itaíba, Thiago Faria Soares, 36 anos, realizada ontem, em Águas Belas, no Agreste. O promotor foi executado com vários tiros em outubro, na rodovia PE-300, e até agora o inquérito policial não foi concluído. Uma das novidades da reprodução simulada foi que havia três homens no veículo que interceptou o carro do promotor e, não, dois como dito inicialmente.
Mais de 30 policiais, peritos criminais e promotores do MPPE participaram da reconstituição, que teve como base a versão da noiva do promotor, a advogada Mysheva Martins, principal testemunha ocular do crime.

Diante do sigilo acertado em comum acordo entre as instituições que apuram o assassinato, a delegada responsável pelo inquérito, Josineide Confessor, limitou-se a dizer que muitas dúvidas do inquérito foram esclarecidas ontem, mas não detalhou quais. Nem se, a partir da simulação, uma nova linha de investigação surgiu, mudando o direcionamento do caso.

Mysheva Martins participou de toda a simulação, prevista para começar às 8h, mas que só teve início perto das 11h. A intenção da polícia era que às 9h os trabalhos já estivessem na PE-300 para coincidir com o horário do assassinato do promotor, como afirma a noiva. O agricultor Edmacy Ubirajara, principal acusado pela polícia de ter atirado contra Thiago Faria - preso logo após o crime e solto na semana passada por falta de provas - compareceu à simulação, mas não participou.

Como tinha sido adiantado pela defesa do agricultor, não seria permitido que ele fosse inserido na cena do crime, já que a versão do acusado é de que estava na cidade na hora do assassinato e, não, seguindo o carro do promotor. A polícia quis que Edmacy ficasse no veículo usado pelo assassino, mas a defesa não aceitou e o agricultor foi embora.

Leia a matéria completa na edição desta terça-feira(24) do Jornal do Commercio

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