Com uma ocupação de quase 100% da rede hoteleira, o município de Ipojuca, no Grande Recife, está reforçando o trabalho preventivo em suas praias, durante o verão. São 51 guarda-vidas atuando a pé e com dois quadriciclos, uma moto aquática e um bote inflável, todos os dias da semana. O efetivo se distribui em 12 postos de observação localizados em Muro Alto, Cupe, Porto de Galinhas, Maracaípe e Serrambi. E conta com apoio de câmeras de monitoramento interligadas à Secretaria de Defesa Social local.
"No verão aumenta muito o nível de atenção nas praias. Chegamos a fazer 300 atendimentos ao dia, entre prevenção e resgate. Se for um feriadão, esse número pode chegar a mil”, informa o coronel André Ferraz, voluntário da Defesa Civil. Segundo ele, não houve reforço no número de pessoal nem de equipamento, mas o trabalho é intensificado para garantir que banhistas não se aproximem de áreas onde o risco de afogamento é maior.
As câmeras de monitoramento são voltadas para a segurança, mas também ajudam no apoio a ocorrências que não sejam percebidas de imediato pelos salva-vidas, uma vez que são 32 quilômetros de orla. “Das 40 câmeras instaladas, 23 ficam entre Maracaípe e Porto. Elas são de alta resolução e chegam a 400 metros de distância. Muitas vezes ajudamos a localizar crianças desaparecidas e dar cobertura aos guarda-vidas, alertando, via rádio, situações de risco”, salienta o secretário-adjunto de Defesa Social, Claudelino Tavares.
No dia 26 de novembro, dois turistas argentinos, um de 61 anos e outro de 83, morreram afogados na Praia do Cupe, em Porto de Galinhas. Eles estavam em frente aos hotéis onde se hospedaram e se afogaram num intervalo de uma hora e vinte minutos um do outro. O de 83 anos foi encontrado no mar desmaiado. O outro nadava com a mulher e chegou a ser abordado pelos salva-vidas, mas continuou na água e não sobreviveu.