O evento meteorológico que provocou as fortes chuvas na Zona da Mata e Agreste pernambucano continua atuando no Estado nos próximos dois dias. De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), nas próximas 24 horas a previsão é de chuva moderada a forte no Grande Recife e de fraca a moderada nas outras regiões. “O sistema de convergência 200 transporta a umidade do mar para o continente. Com a alta umidade, as nuvens ficam pesadas e chove”, explica o presidente do órgão, Patrice Oliveira.
Segundo o meteorologista, o trimestre maio a julho é o mais chuvoso na Zona da Mata, Agreste e Grande Recife. Mas, apesar do temporal que atingiu 23 cidades e deixou 14 em situação de calamidade pública, a previsão é de que as chuvas fiquem abaixo da média histórica, no período, que é de 873 milímetros na Região Metropolitana do Recife; 689 milímetros na Zona da Mata e 13 milímetros no Agreste. “Choveu muito agora, devido a um evento extremo, mas pode ser que em junho não chova”, salienta Patrice.
O boletim desta segunda da Apac mostra que as precipitações foram bem menores do que no domingo – quando o município de Rio Formoso chegou a contabilizar 323,24 milímetros de chuva e Ribeirão, 234,34 milímetros. Ontem, na Zona da Mata, o maior índice foi em Ribeirão, com 191,1 milímetros. Já no Grande Recife a maior chuva foi no Cabo de Santo Agostinho, com 102 milímetros. E no Agreste, Tacaimbó teve precipitação de 72,8 milímetros.
Não há mais nenhuma rodovia federal interditada, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Já um trecho da PE-60 que corta Sirinhaém, na Zona da Mata, está inundado pelas águas do Rio Sirinhaém, impedindo veículos menores de passarem. Ele é um dos municípios atingidos que não teve decretado estado de calamidade ou de emergência.
Com a decretação do estado de calamidade pública, é possível derrubar algumas barreiras legais para a concessão de socorro, empréstimos e financiamentos de órgãos federais. Recursos carimbados para determinadas áreas podem ser remanejados para outros compromissos. Também é possível realizar compras sem a obrigação de licitação. O de emergência é para casos menos graves, mas também prevê ajuda federal.