As fortes chuvas do último fim de semana fizeram que a barragem do Prata, localizada em Bonito, Agreste de Pernambuco, atingisse 50% de sua capacidade total, ou seja, 21 milhões de metros cúbicos de água acumulados. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), na última segunda-feira (22), o local estava com 9,8% de sua capacidade.
“Ainda é cedo para falarmos sobre diminuição do rodízio em Caruaru. Vamos fazer os estudos para tomarmos as decisões com prudência, mas a tendência é conseguirmos aumentar os dias com água na casa dos moradores, até porque as pessoas vão precisar limpar as casas inundadas”, informou o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Mário Heitor Filho. A capacidade total do reservatório é de 42 milhões.
Os técnicos da Compesa estão, desde o último domingo (28), trabalhando para corrigir as panes elétricas ocorridas nas Estações Elevatórias (sistema de bombas) do Prata e do Pirangi, que foram provocadas pelas chuvas. O Sistema do Prata voltou a funcionar, na tarde desta segunda-feira (29), apenas atender os caminhões-pipa, hospitais e as áreas de Caruaru que foram atingidas pela enchente do Rio Ipojuca.
Com relação as Estações Elevatórias do Pirangi, ainda não há previsão de retorno da operação, pois o local onde ocorreram as panes elétricas é de difícil acesso.
As fortes chuvas não foram suficientes para aumentar o nível da Barragem de Jucazinho, no município de Surubim, também no Agreste do Estado. Segundo a Compesa, a Bacia do Capibaribe não foi alcançada pela água, e o maior manancial operado pela companhia para abastecimento humano continua em colapso. O sistema abastece as cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Riacho das Almas, Cumaru, Passira, Salgadinho, Casinhas, Surubim, Vertentes, Vertente do Lério, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Toritama, Caruaru, Bezerros e Gravatá, além de diversos distritos e povoados dos 15 municípios que fazem parte do sistema integrado, tem capacidade para acumular 327 milhões de metros cúbicos de água, mas se encontra seca desde setembro do ano passado. Este é o pior cenário de Jucazinho desde a sua inauguração, no ano de 2000.