A Frente de Luta pelo Transporte Público em Pernambuco e representantes da sociedade civil no Conselho Superior de Transporte Metropolitano realizam um ato público, nesta quarta, contra o aumento das passagens de ônibus, que estará em pauta na próxima sexta-feira (12), na sede da Secretaria das Cidades, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, a partir das 8h. O protesto acontece na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, Centro. Às 12h, os ativistas vão realizar um “aulão” sobre o sistema de transporte, com direito a telão e carro de som.
Pela proposta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE), o reajuste médio seria de 11,02%. A tarifa do anel A – utilizado por 84,9% dos passageiros – subiria de R$ 3,20 para R$ 3,55. Já o valor do anel B pularia de R$ 4,40 para R$ 4,90; o do D, de R$ 3,45 para R$ 3,85; e o do G, de R$ 2,10 para 2,35.
“Vamos esclarecer a população sobre os motivos desses aumentos das tarifas”, adianta Márcio Morais. “E vamos protocolar na quinta-feira (amanhã) uma proposta de reajuste zero e tarifa única de R$ 3,20”. Uma ação judicial também está nos planos do grupo. “Ainda temos ações não julgadas de 2015. Os cálculos das tarifas incluíram melhorias que não aconteceram, como a instalação de ar-condicionado nos coletivos e renovação de frota”.
Segundo dados do Grande Recife Consórcio, dos 2.723 veículos da frota, apenas 291 têm ar-condicionado, sendo 173 os BRTs. A meta prevista para renovação de veículos era de 467, mas foram substituídos 380 e ainda há 470 com mais de sete anos, portanto acima da vida útil. As operadoras também não contrataram o seguro de responsabilidade civil que foi calculado na tarifa no valor de R$ 895,10 por ônibus.