O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), nessa segunda-feira (8), e requereu a prisão preventiva do pedreiro Paulo César de Oliveira Silva. Ele é suspeito assassinar a estudante de pedagogia Remis Carla Costa, no dia 17 de dezembro de 2017.
De acordo com o texto da denúncia, Paulo matou a companheira por motivo fútil, dificultando-lhe a defesa e exercendo violência doméstica e familiar ao esganá-la. No mesmo dia, tentou encobrir o crime de homicídio ocultando o corpo de Remis no quintal de sua casa. Conforme consta nos autos do processo, Remis e Paulo mantinham um relacionamento afetivo permeado por sentimento de posse e agressões por parte do pedreiro.
Na denúncia, a promotora de Justiça Carolina de Moura Cordeiro Pontes cita atos de violência de Paulo contra Remís e a queixa dela contra ele. No dia 23 de novembro, ela foi à 1ª Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, no Centro do Recife, e registrou Boletim de Ocorrência contra o então namorado, requerendo medidas protetivas. Isso porque, no dia 22 de novembro, a vítima foi ao lançamento do livro “A pequena prisão” e o suspeito achou que o autor da obra estaria se insinuando para ela.
“Enciumado, o denunciado tentou acessar o celular da vítima para confirmar suas suspeitas. Por não conseguir a senha de acesso, danificou o aparelho telefônico dessa. A vítima, ao perceber, foi tomar satisfações, tendo o denunciado a lesionado no braço, fato que resultou numa equimose”, descreve a promotora na denúncia contra Paulo César.
A denúncia do MPPE ainda relata o trabalho da Polícia Civil, que obteve a informação de que o corpo de Remis estava enterrado no quintal da casa de Paulo e confirmou o fato. Apesar de Paulo ter viajado à sua cidade natal, Vicência, na Zona da Mata do Estado, com o intuito de se esconder, ele foi encontrado, se apresentou e confessou os crimes no interrogatório. “O caderno inquisitorial contém elementos comprobatórios da materialidade delitiva, assim como veementes indícios da autoria do fato criminoso acima narrado, colhidos através dos depoimentos de testemunhas e vítima, bem como demais documentos que fazem parte do feito”, afirma a promotora Carolina de Moura Cordeiro Pontes.