A Secretaria Estadual de Saúde (SES) recebeu sua quinta notificação para suspeita de febre amarela, no domingo. Desta vez, o caso foi registrado no município de Paulista, no Grande Recife. Trata-se de uma garota de 3 anos, que esteve em São Paulo entre os dias 15 e 25 de janeiro. O caso está sob acompanhamento, mas a Secretaria de Saúde de Paulista informa que ele caminha para ser diagnosticado como uma infecção de garganta.
“A menina viajou com a avó para o bairro de São Miguel, no dia 10 de janeiro e retornou no dia 25. Sábado passado, ela apresentou febre e dores de cabeça, abdominal e de garganta e foi atendida no Recife, diagnosticada com uma virose leve e liberada. Notificamos o Estado como sinal de alerta, já que ela esteve em São Paulo, inclusive a avó tentou vacinar a menina lá e recusaram porque a capital não é considerada área de risco. Mas tudo caminha para se configurar como uma infecção de garganta, nem o teste de febre amarela chegou a ser feito e a febre já passou”, explica o superintende de vigilância em saúde e epidemiologia de Paulista, Fábio Diogo.
A SES informa que um outro paciente foi comunicado ao Estado, mas não atendeu à definição de caso do Ministério da Saúde, então nem é contabilizado. Já com relação aos outros quatro notificados anteriormente, dois foram descartados após análise clínica e exames laboratoriais para febre amarela.
Os testes da paciente de 37 anos notificada no dia 7 de janeiro, com histórico recente de passagem pelo município de Mairiporã (Grande São Paulo), foram negativos para febre amarela, dengue e chicungunha. Os exames foram analisados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Já o paciente de 54 anos, que reside no Distrito Federal, notificado no dia 16 ao retornar de áreas de risco na Bahia, foi descartado por não se enquadrar nos protocolos para investigação da doença e vacinação.Além disso, o quadro de saúde dele evoluiu para uma infecção de garganta. Mais dois casos estão sob investigação.
De acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde, reproduzidos em Pernambuco, para se enquadrar como caso suspeito, o paciente, além da febre, morar ou ter histórico recente de passagem por área de risco, precisa apresentar icterícia (condição que deixa o corpo amarelado) e/ou manifestação hemorrágica, como também não ser imunizado ou não ter conhecimento sobre a própria condição vacinal contra febre amarela.