Queixas e reclamações para quem tenta marcar consulta com alergologista no Recife

Pacientes da Central de Alergologia da Prefeitura do Recife têm que dormir na rua para conseguir atendimento
JC Online
Publicado em 15/01/2019 às 10:04
Pacientes da Central de Alergologia da Prefeitura do Recife têm que dormir na rua para conseguir atendimento Foto: Foto: Luiz Carlos/TV Jornal


Dezenas de pessoas começaram a manhã desta terça-feira (15) em filas na frente da Central de Alergologia da Prefeitura do Recife, no bairro de Santo Amaro, área central da cidade. Os pacientes foram à unidade de saúde para marcar consultas com um alergologista. No entanto, quando as portas da central se abriram, as pessoas receberam a informação que só havia nove vagas para atendimento.

De acordo com os pacientes, a pequena quantidade de fichas disponíveis para consultas é recorrente. Há ainda quem durma na rua para garantir o atendimento. "Toda vez que eu chego aqui, dizem que só tem dez fichas, nove fichas e que tem que chegar cedo. Mas tem gente que dorme aqui para não perder [o atendimento]", disse a dona de casa Maria Rosileide da Silva, que há mais de cinco meses conseguiu marcar a última consulta.

Entre os pacientes da Central de Alergologia, há pessoas de diversas cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR). Uma delas é a dona de casa Joelma Maria, moradora de Jaboatão dos Guararapes, que saiu ainda durante a madrugada para tentar ser atendida. "Já tem mais de seis meses que estou tentando marcar a consulta e não consigo. Eu saí de casa às 4h da manhã para marcar, com todo o perigo, principalmente aqui no Recife", disse Joelma.

Sem médicos

Segundo funcionários da central, que preferiram não se identificar, faltam médicos na unidade. Nesta segunda, só havia uma profissional para atender os pacientes. O servidores ainda disseram que outros médicos estão de férias ou já se aposentaram.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Recife disse que "diariamente são marcados consultas para adultos e crianças, em média 20 para cada especialidade. A equipe pediátrica está completa, com quatro médicos. O atendimento de respiratório adulto, no entanto, está limitado momentaneamente, por causa de uma aposentadoria recente e um pedido de exoneração. A Central afirma que as substituições já estão em andamento."

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