Alunos de escolas públicas do Recife produzem filmes com materiais recicláveis

O material está sendo produzido durante as oficinas do projeto Cidade Plástica. Materiais recicláveis dão vida aos personagens na técnica do stop motion
Cidades
Publicado em 12/05/2019 às 10:40
Nos anos iniciais, Recife ficou na posição 70. Já nos finais, apontou como 45º lugar Foto: Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem


Escolas da Rede Municipal de Educação do Recife estão tendo a oportunidade de, por meio do audiovisual, ressignificar o conceito de lixo e preservação ambiental. Isso porque, durante todo o mês de maio, dezenas de alunos participam de um projeto conscientizador chamado Cidade Plástica, idealizado pela produtora ASAGA Audiovisual e Cidadania com incentivo do Fundo Municipal de Meio Ambiente.

O intuito do projeto é produzir curtas-metragens por meio da stop motion, técnica que consiste no registro fotográfico quadro a quadro com intuito de gerar movimento. Os filmes, com a temática central focada na conscientização ambiental e na reutilização do plástico. serão produzidos junto com os alunos.

“Estamos utilizando a animação como ferramenta para despertar nos alunos a consciência ambiental. Solicitamos a eles que trouxessem materiais recicláveis utilizados no dia a dia para que, dessa forma, tivessem noção de quanto lixo produzimos”, explica o educador e cineasta Bruno Cabús. Cada uma das escolas participa das oficinas durante uma semana. “Primeiro introduzimos os conceitos de poluição, consumo e descarte, e depois vamos para a parte prática, quando os alunos têm a oportunidade de aprender a técnica e começam a enxergar o audiovisual de uma outra forma”, explica. Nas oficinas, estudantes também vão aprender a criar seus próprios filmes utilizando o celular e aplicativos de edição.

A primeira a participar foi a Escola Municipal Luiz Vaz de Camões, no Ipsep, Zona Sul do Recife. Aluna do 6º ano, Júlia Vitória Adelino, 11 anos, está entusiasmada com o projeto. “Estamos aprendendo técnicas novas para fazer nosso filme sobre poluição. Acho que vai ser um material bem legal porque a gente costuma descartar lixo de qualquer forma sem ter ideia de como isso pode ser prejudicial e, como nosso filme, outras pessoas vão aprender a respeitar mais o meio ambiental”, conta.

Jonas Barros, 11, colega de turma de Júlia Vitória, também está participando das oficinas. Para produzir o cenário e os personagens dos filmes, ele mobilizou a vizinhando atrás de materiais recicláveis. “Meus vizinhos costumam a separar o lixo de acordo com o tipo para ajudar na reciclagem. Boa parte disso pode servir como material para o nosso filme. Acho que é uma ideia bem legal e todos vão participar”, diz. Para Iêda de Souza Cruz, professora dos pequenos, o fato da produção também ser feita pelos alunos faz com que a conscientização seja ainda mais efetiva. “Eles estão entendendo todo o processo e participando. Quando há um produto no final, eles se sentem muito mais estimulados. E não só despertam para as questões ambientais, como aprendem uma nova atividade que pode, quem sabe, se tornar uma profissão no futuro”, pontua.

Lançamento

Escolas de San Martin, Coque, Vasco da Gama e Cordeiro também receberão as oficinas. Ao final, serão produzidos seis filmes e todo o material será lançado na Mostra Ambiental do Recife (Maré), prevista para agosto deste ano.

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