Comemorado no dia 31 de outubro, o Halloween, conhecido no Brasil como Dia das Bruxas, é uma festa de origem anglo-saxônica celebrada desde meados do século 18 explorando os medos e tabus das pessoas. A data ganhou força nos Estados Unidos, onde crianças se fantasiam de monstros e batem de porta em porta em busca de doces. Apesar de se popularizar nas terras norte-americanas, o Dia das Bruxas também tem força no Recife.
São várias as lendas urbanas da capital pernambucana.
Que mãe nunca alertou o filho para ter cuidado com o famigerado Papa-Figo, que saia pela cidade com um saco preto e roubando crianças. Diz a lenda que, ainda nos tempos de engenho, um homem muito rico estava ficando doente. De aparência magra, pálida e amarelada, ele foi atrás da sabedoria dos escravos, que o indicaram comer fígado de crianças para resolver seu problema de saúde. Desde então, um dos escravos do homem (o famoso ‘’Velho do Saco Preto’’) vaga pela cidade procurando meninos saudáveis para arrancar o fígado e manter a dieta macabra do Papa-Figo.
O fantasma de Branca Dias
Localizado no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife, o Açude do Prata serviu por muitos anos como manancial para abastecer a capital pernambucana. Nos arredores, há um casarão onde morou a judia Branca Dias, que foi perseguida e morta pela inquisição católica. Antes de morrer, porém, a mulher jogou toda sua prataria no riacho (o que deu origem ao atual nome do local). As histórias sobre o açude há muito tempo falam de um lugar assombrado e até hoje há quem diga que às vezes, em noite de lua, é possível ver duas moças nuas no meio das águas da Prata. Dizem que uma é Branca Dias e, a outra, uma sinhazinha que se sumiu no riacho noite de São João, levada pelo fantasma.
A Praça Chora Menino
Próxima ao Colégio Salesiano, no bairro do Paissandu, a Praça Chora Menino é possivelmente um dos locais mais assombrados do Recife. Durante o século 19, uma revolta militar, conhecida como Setembrizada, provocou a morte de vários recifenses. Dentre eles, muitas crianças foram assassinadas pelos militares e muitos desses pequenos foram enterrados no local onde hoje está a praça. Desde então, dizem que quem passa pela praça tarde da noite pode ouvir choro de criança. Contam que é um pranto fantasmagórico sem semelhança com sons emitidos por quem está vivo.
Foto: Reprodução/ Google Maps |