Com o objetivo de unir cultura e solidariedade neste Carnaval 2018, a Orquestra Oficina Agreste Frevo realizará uma ação que beneficiará 226 crianças de Bezerros, cidade de origem do grupo. Através da venda de camisetas, a orquestra converterá o dinheiro adquirido em cestas básicas, materiais escolares e utensílios de higiene pessoal. O valor da camisa é R$ 20 e o grupo busca apoio de empresas que desejem contribuir e serem divulgadas. Para adquirir a camisa ou colaborar, é necessário entrar em contato pela página de Facebook da Orquestra.
As creches “Vovó Maria Bezerra”, localizada no bairro alto são Sebastião, e a “Vovó Rufina de Menezes’, do distrito de Encruzilhada de São João, serão as contempladas com a iniciativa. Para conseguir realizar a ação, a orquestra está fazendo acordos com empresas que serão patrocinadas. O valor da camisa está divido entre 13 reais de custo e 7 reais que será destinado ao projeto social.
O idealizador da orquestra e do projeto, Jacques Vasconcelos, explica às empresas interessadas em colaborar que “A empresa que adquirir a camisa, que não tem limite mínimo de pedidos, terá a logomarca da empresa que está fazendo a produção pelo preço de custo e também da empresa que que fizer os pedidos, somente nas camisas que a empresa comprar”.
Jacques, músico e médico, diz que o projeto social surgiu depois que ele observou a situação da comunidade onde trabalhava. Ele afirma “conversando com algumas pessoas e profissionais de saúde, alguns bairros carentes, crianças são mais afetadas, se desse pra melhorar o acesso, poderia facilitar o futuro já difícil de cada um.”
Composta por 13 músicos da cidade de Bezerros, no Agreste pernambucano, a Oficina Agreste Frevo surgiu em 2013 com o objetivo de estimular a cultura local, especificamente a cultura do frevo. Segundo Jacques, que toca saxofone há 17 anos, ainda não havia uma orquestra que representasse o carnaval da região. “Pra se ter uma ideia, aqui em Bezerros, tem um senhor chamado Zito Farias, 82 anos, compositor desde os 17 anos e ninguém o conhece”, ele afirma.
Ele ainda cita Antônio Mendonça e Zito Farias, que fizeram o hino de Bezerros, além de outras canções de frevo, gravadas por Claudionor Germano, e afirma que ninguém ouve essas músicas dentro da cidade. O grupo faz os ensaios na sede da Escola Cônego Alexandre Cavalcante, onde Jacques e todos os outros membros estudaram música, e seguem buscando valorizar a cultura local, através do “aumento do acervo de frevos” no estado, segundo o idealizador.