A primeira semana epidemiológica de 2017 em Pernambuco (1º a 7 de janeiro) manteve a curva de redução dos casos de arboviroses, de acordo com os dados do boletim divulgado, na quarta-feira (11), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Este ano, foram registrados 33 casos suspeitos de dengue, sete de chicungunha e dois de zika. Essas notificações representam redução de 99% (para cada doença) em relação ao mesmo período de 2016. O primeiro balanço do ano também não registrou óbito pelas arboviroses. No mesmo período de 2016, foram notificados 10 mortes suspeitas – três tiveram resultado laboratorial positivo para chicungunha, uma para zika, além de duas para dengue e chicungunha.
O boletim divulgado na quarta-feira (11) ainda está sujeito à atualização, o que geralmente ocorre nas próximas oito semanas. Ou seja, o volume de notificações pode aumentar à medida que os municípios atualizarem os registros no sistema.
“Historicamente dezembro e janeiro representam um período de baixa ocorrência de arboviroses, pois são meses em que há menos circulação do mosquito. Entre o fim do primeiro trimestre e o início do segundo, podemos ter uma ideia melhor se essa mudança positiva (queda no número de casos) vai continuar”, esclarece o diretor-geral de Controle de Doenças e Agravos da SES, George Dimech.
Desde julho do ano passado, o Recife também mantém os casos de dengue, chicungunha e zika sob controle, segundo informa o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia. Atualmente, 60% dos 94 bairros da capital pernambucana estão com risco baixo de infestação pelo mosquito que transmite dengue, chicungunha e zika.
Mesmo com controle da tríplice epidemia, a Secretaria de Saúde do Recife reforça que o trabalho dos agentes de saúde ambiental e controle de endemias continua com as visitas rotineiras aos imóveis da cidade. “O trabalho de controle das arboviroses faz parte da nossa agenda permanente”, destaca Jailson Correia. "Por maior que seja o esforço do poder público e da população, não temos condições de dar garantia de que o risco de epidemia é zerado. O que conseguimos é reduzir danos: se existir uma nova epidemia, que ela seja menor", acrescenta.
Segundo levantamento da Vigilância Ambiental do Recife, foram vistoriados 1.913.822 imóveis no ano passado, o que corresponde a mais de 80% de imóveis da cidade. A prefeitura reforça que os imóveis fechados nestas férias podem favorecer a proliferação do Aedes, especialmente porque o verão é uma época propícia para a reprodução das larvas.