Da janela do apartamento em que passam essa temporada, em São Paulo, eles veem o movimento de carros no Minhocão – a via expressa que liga o centro paulista à Zona Oeste. Nas ruas, por onde andam, os atores guardam as imagens da arte que surge em meio à metrópole. Durante os ensaios, o celular revela os bastidores das cenas. Até nos horários de diversão, uma câmera fotográfica registra uma parceria que ultrapassa os limites da profissão e enraíza na amizade. Eles são, ao mesmo tempo, colegas de trabalho e irmãos. “É uma amizade muito forte, quase irmandade. Mas é sempre bom lembrar que também somos uma empresa, que tem demandas. Quando é preciso dá um esporro, a gente dá”, diz Pedro Vilela.
As peças do Magiluth são reflexo dessa intensidade sentimental que os atores vivem. Aquilo que o meu olhar guardou para você é, talvez, a montagem que melhor defina a atual etapa da trajetória do sexteto. Em cena, com texto de Giordano Castro, o grupo interpreta encontros, despedidas, delírios, paixões e amizades, a princípio isolados, mas que depois se entrelaçam. Situações erguidas sobre paisagens e lugares importantes da cidade em que a montagem é interpretada. Se a vida que têm levado na capital paulista renderia imagens inesquecíveis? A prova está nas fotos feitas pelo grupo, a pedido do Jornal do Commercio (veja galeria abaixo). “São os nossos olhares por São Paulo”, diz Giordano, por e-mail.
Nesta terça (24) e quarta-feira (25), eles conseguiram uma brecha na agenda e estão em Salvador, no Teatro Vila Velha, na ocupação coletiva Habite-se. Eles voltam para o São Paulo no final de semana, para as últimas apresentações no festival Nova Cena Nordestina. Depois, vão para o Rio, na estreia de Viúva, porém honesta; e chegam ao Recife com esta montagem e a continuação de Ato de circular – que também vai para o município de Caetés, no Agreste de Pernambuco, com verba do edital recém-aprovado no Banco do Nordeste.
Leia a matéria completa no Caderno C desta terça (24).